Repercussão de hepatite em Alter do Chão preocupa donos de hotéis
Empresários cobram melhorias para a vila balneária. Lixo esgoto na vila estão entre os problemas citados pelos empresários.
Empresários do setor hoteleiro da vila balneária de Alter do Chão, em Santarém, oeste do Pará estão preocupados com a repercussão dos casos de hepatite A no local. A maioria das reservas nos hotéis continua marcada, mas os empresários alertam para a necessidade de melhorias na infraestrutura da vila.
Em um hotel da vila, um casal de São Paulo cancelou a reserva depois que ficou sabendo dos casos de hepatite A em Alter do Chão através da internet. De acordo com o empresário, o número não representa prejuízo para o estabelecimento, mas causa preocupação para quem trabalha no setor turístico na vila. “Nesse ano tiveram casos isolados de hepatite A, isso foi constatado, não adianta a gente querer esconder isso tem, mas não é surto. E a Secretaria de Saúde, com o médico local tomaram as medidas e já estão trabalhando em cima e eu acredito que isso já está praticamente sanado. Mas está ainda está faltando coisas que foram combinadas com o poder público e não foram colocadas em evidência efetivamente para chegar em cima do foco da questão. Isso que a gente lamenta que não fizeram”, conta o dono de hotel, José Carlos Zampietro.
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Para o empresário do setor hoteleiro, Pedro Paulo Buchale, o fato de Alter do Chão ter registrado casos de hepatite A não significa que a doença tenha sido adquirida na vila. “Alter do Chão atende todo o Eixo Forte, esse caminho até Belterra e o outro lado do rio. Se esses fatos foram constatados em Alter do Chão, porque atende a essa demanda enorme, isso não significa que esses fatos ocorreram aqui”, destaca.
Os empresários ressaltam ainda que Alter do Chão é uma vila conhecida internacionalmente por suas belezas naturais e por isso deveria estar recebendo maior atenção do poder público. “Alter do Chão é a nossa cereja do bolo. Hoje, está em evidencia não só na área nacional, mas internacional também, então nós não podemos deixar que isso venha a estragar, venha colocar por terra um trabalho que há muito tempo está sendo feito. As pessoas que são responsáveis pelo setor sabem o que precisa e eu não estou entendendo porque até a agora não foi deflagrada uma atenção maior pelo que já foi conversado a respeito”, questiona Zampietro.
Zampietro exemplifica que nas proximidades da orla da vila balneária, o lixo contrasta com as belezas naturais e o visual não agrada os turistas. “A gente filtra tudo, porque você recebe o hóspede, você encaminha, você divulga as coisas. Quando a gente senta para conversar é um foco só, sujeira na frente da vila, o perigo da travessia, porque tem jet ski, tem lancha, tem balsinha e é uma série de fatores que coloca em risco o turista, não só o turista, mas o morador da vila, todo mundo que atravessa nadando e a gente até já está tentando conscientizar. Eu acho que culturalmente, em Alter do Chão, a travessia é catraia, os outros podem trabalhar, mas tem que ter um local específico para eles. [Também é necessário] cuidarem do lixo na frente da vila, não na praça, mas no rio, está desassistido e está precisando de maior cuidado e com a subida do rio essa sujeira está acumulando”, alerta.
Além do lixo, o esgoto na praia também é motivo de preocupação na vila. “É lixo, mato e oito bocas de esgoto que teoricamente seria para a água da chuva, mas não é. É fácil confirmar isso lá e porque que isso lá. Uma emissora de TV mostrou agora uma hora e meia de programação sobre Alter do Chão. Não é razoável que depois de mostrar toda aquela beleza, o turista desembarque aqui e ao chegar lá na frente encontre essa lixeira que é a frente da vila hoje. Então, isso é maltrato, é descaso, falta de qualidade profissional de quem tem o poder e o dever de fazer a gestão da vila de Alter do Chão”, reclama Buchale.
O G1 solicitou nota da Prefeitura de Santarém e aguarda um posicionamento sobre a situação retrata pelos empresários do setor hoteleiro da vila balneária.
Fonte: Santarém
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