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Surto de Hepatite em Aldeia indígina


Dra. Márcia Iasi, da Sespa, visitou aldeia Cuminapanema, em Óbidos
Índios recebem atendimento medico
Em ação de sorologia realizada nos dias 06 e 07 deste mês para detecção de hepatites virais na Aldeia de Cuminapanema, etnia Zo’é, em Óbidos, Oeste do Pará, membros da Coordenação Estadual de Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) constataram dezenas de indígenas acometidos pela doença.

Durante a ação, funcionários da Sespa registraram 14 casos confirmados de Hepatite Viral, entre os indígenas, por meio de investigação epidemiológica que já vinha acontecendo desde dezembro de 2012.

O atendimento aos indígenas aconteceu por meio de orientação do médico santareno, Erik Jennings, do Ministério da Saúde, além de sua colega médica Márcia Iasi, hepatologista da Coordenação de Hepatites Virais da Sespa. A atividade contou com a participação de técnicos do Instituto Evandro Chagas, do Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá-Tocantins (Dsei Guatoc) e do enfermeiro Clebson Printes, responsável técnico do Polo Indígena de Santarém.

De acordo com a coordenadora estadual de Hepatites Virais, Cisalpina Cantão, durante os dois dias de ação da Sespa foram realizadas 262 sorologias com o método de teste rápido para detecção dos tipos A, B, C e D, atingindo 98% da população. Segundo ela, os pacientes que apresentaram resultado positivo para as hepatites foram encaminhados para tratamento. Durante a ação, 90 novos casos de hepatite A foram detectados na aldeia indígena.

Nos próximos dias, o Instituto Evandro Chagas emitirá um laudo com o resultado das sorologias para os demais tipos da doença.

Enquanto a equipe médica efetuava os exames, a população indígena participou de palestras educativas, recebendo orientações básicas de saúde e fez a coleta sorológica para as hepatites B, C e D.

Cisalpina Cantão destaca que a finalidade da atividade médica foi fortalecer as ações de combate à doenças nas comunidades indígenas, dar condições de prevenção para este agravo, além de contribuir para o planejamento de outras ações.

“Nosso objetivo é informá-los sobre a importância do exame sorológico e, assim, evitar a evolução desta doença para cirrose ou até mesmo o câncer de fígado”, garante.

Não é a primeira vez que a Coordenação de Hepatites Virais da Sespa realiza pesquisas sorológicas em aldeias indígenas. Em março de 2012 foram feitas 279 pesquisas sorológicas para as hepatites B, C e D, entre elas, 239 na Aldeia Gorotire Kayapó e 40 testes na Aldeia Ladeira, no município de Cumaru do Norte, sudeste paraense.

Cisalpina destaca que o diagnóstico precoce para as hepatites é de suma importância, pois a doença geralmente é silenciosa. Na maioria dos casos os sintomas não aparecem e quando ocorrem, já em fase crônica, os sintomas mais comuns são cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjôo, vômito, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

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