Praça do Mirante abandonada pelo Poder Público

Praça do Mirante

Local é considerado ponto turístico, mas vem perdendo o seu público, pela falta de segurança.

Seis anos depois de inaugurada, a Praça do Mirante, localizada na área da Antiga Fortaleza do Tapajós, na orla de Santarém, virou alvo de denúncia de parlamentares na sessão de segunda-feira, 22, da Câmara Municipal de Santarém. O Vereador Júnior Tapajós (PMDB) cobrou melhorias na Praça do Mirante, que se encontra em situação de abandono.

O local é considerado ponto turístico da cidade, mas aos poucos vem perdendo o público local e os visitantes que vem de outros municípios, estados e países. Anexo a Praça do Mirante também fica localizada a escadaria José Miguel Lisboa de Mendonça que dá acesso à Praça pela Avenida Adriano Pimentel.

Os donos de quiosques que vendem na praça alegam que a falta de segurança e a falta de iluminação nos arredores é o que mais contribuiu para afastar os freqüentadores do Mirante.

De acordo com o vereador Júnior Tapajós, no início, logo após ser inaugurada, vários eventos como apresentações de danças, eram realizados na praça. “Vamos valorizar um espaço que custou caro para ser construído e merece ser melhor aproveitado”, destaca.

Júnior Tapajós pediu uma atenção maior, via documento, das secretarias municipais de Cultura e Turismo, para que direcionem alguns dos eventos culturais e artísticos de pequeno porte à Praça do Mirante.

HISTÓRICO: Localizada em uma colina no centro da cidade, a Praça do Mirante atrai olhares de quem visita Santarém. A construção da Fortaleza serviu para evitar a invasão de inimigos, teve seu início em 1693 pelo português Francisco da Costa Galvão. Com a morte dele, as obras continuaram sob o comando de seu filho Manoel da Mota de Siqueira, mas a inauguração ocorreu em 1697, mesmo não estando definitivamente concluída.

Após várias renovações, a última tentativa de recuperação do forte foi em 1867, onde o governo imperial enviou seis peças de artilharia, calibre 6, para serem instaladas no local. Como os trabalhos não foram terminados, as peças ficaram, por quase um século, no leito da atual Rua Galdino Veloso. Hoje, dois canhões encontram-se na Praça do Centenário.

Quem passa no local não observa qualquer traço restante da Fortaleza, mas a praça representa um marco histórico importante de nosso Município, além de oferecer uma visão privilegiada do encontro das águas.