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Saúde gasta cerca de 30% com vítimas de trânsito em Santarém


Hospital atendeu 873 vítimas de janeiro a março de 2013
De janeiro a março de 2013, 873 vítimas de acidentes de trânsito foram atendidas no Hospital Municipal de Santarém

Santarém - Santarém vive uma ‘epidemia’ de acidentes de trânsito, principalmente envolvendo motocicletas. De janeiro a março de 2013, o Hospital Municipal atendeu 873 vítimas de acidentes de trânsito. Destes 83 envolviam carros, 18 bicicletas, 93 atropelamentos, e por fim, 576 envolvendo motocicletas. São acidentes que resultam em lesões, mortes e mais custos.

Esses números representam um impacto para o sistema público de saúde e pesam na aplicação orçamentária do órgão. A direção do Hospital Municipal de Santarém (HMS) não informou em reais, mas estima que os gastos cheguem a 30% do total, somente no setor de traumatologia da unidade, um dos mais movimentados e que atende em média cinco pacientes por dia. “É um paciente que vai precisar fazer uma intervenção cirúrgica. É um paciente que vai precisar ter um investimento maior nele”, enfatiza o diretor do HMS, Gleyton Rodrigues.


A estudante Evelyn Lopes Ferreira de 19 anos quebrou as duas pernas, depois de ser atropelada quando seguia de moto para a praia Ponta de Pedras. “Um menino que vinha por trás bateu na gente, aí ele caiu por cima da gente. Aí a moto caiu por cima das minhas pernas, aí eu não senti mais”, conta.

A jovem ficou 15 dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Por se tratar de um procedimento de média complexidade, ela aguarda ansiosa pela cirurgia que será realizada no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA).

O coordenador de ortopedia do Hospital, Lidiberg Araújo alerta: “não adianta termos apenas o Hospital, nós precisamos que as pessoas modifiquem o seu hábito, modifiquem a sua conduta para que a gente possa ter uma melhoria no resultado final e isso passa pela educação, não existe outra forma de modificar”.

Os números de vítimas de acidente de trânsito atendidas no Hospital Regional do baixo Amazonas também são preocupantes. Por mês são mais de 500 consultas, 100 cirurgias de média e alta complexidades e 800 pacientes encaminhados à fisioterapia.

Um prejuízo para o sistema de saúde que reflete a falta de políticas públicas em campanhas que possam combater a falta de consciência no trânsito. “vamos mobilizar as pessoas e outras entidades para a gente mobilizar e fazer uma grande campanha para prevenir e evitar os acidente de trânsito na nossa cidade”, finaliza o diretor Gleyton Rodrigues.

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