Sespa apresenta novos números da dengue, chikungunya e zika no estado
O Pará registrou 1.784 casos de dengue, 48 de zika e três de febre chikungunya entre 1º de janeiro e 18 de abril deste ano, segundo o sexto Informe Epidemiológico de 2016 emitido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) sobre as ocorrências confirmadas das três doenças, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Houve uma redução de aproximadamente 17% no número de pessoas acometidas pela dengue no Estado em relação ao mesmo período de 2015, que registrou 2.142 confirmações.
Dos municípios paraenses com maior ocorrência da dengue, Belém passou a liderar o ranking com 240 casos confirmados, seguida por Pacajá (130), Oriximiná (127), Parauapebas (113), Monte Alegre (90), Santana do Araguaia (87) e Novo Progresso (80). Em todo o Estado, não houve registro de mortes por dengue em 2016. A Sespa orienta que as Secretarias Municipais de Saúde informem em um período de 24 horas a ocorrência de casos graves e mortes suspeitas.
Para a confirmação de óbitos é necessária investigação epidemiológica com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios credenciados do Estado, como o Laboratório Central (Lacen) e Instituto Evandro Chagas (IEC) – que são preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue. O procedimento garante o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
A execução de ações contra a dengue é de competência dos municípios, que devem cumprir metas, entre as quais destacarem agentes de controle de endemias para fazer visitas domiciliares. Paralelamente, a Sespa faz o monitoramento dos 144 municípios que receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e orienta as prefeituras quando ao uso correto de inseticidas (larvicidas e adulticidas) para o controle. A secretaria também faz visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa da dengue, além de apoiar a capacitação sobre a febre chikungunya e zika.
Quando há necessidade, a Sespa ainda faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também fazem parte das ações atividades de educação e mobilização, visando à maior participação da população no controle da dengue.
Controle – O vírus da febre chikungunya já se fez confirmado três vezes no Pará este ano, por meio de critério laboratorial adotado pelo Instituto Evandro Chagas: dois casos importados ocorridos em Belém e o primeiro autóctone em todo o Estado - quando a doença é contraída na própria cidade e não vem de pessoas que viajaram para regiões afetadas - ocorrido em Cametá. No ano passado, 14 casos importados da doença foram confirmados no Pará.
Os vírus da dengue, chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e levam a sintomas parecidos, como febre e dores musculares. Mas as doenças têm gravidades diferentes, sendo a primeira a mais perigosa. A dengue, que pode ser provocada por quatro sorotipos diferentes do vírus, é caracterizada por febre repentina, dores musculares, falta de ar e fraqueza. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte.
A chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre dez e 15 dias, mas as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras. Já a febre por zika leva a sintomas que duram, no máximo, sete dias e não deixam sequelas. Este ano, não há registro de casos de morte provocados pela doença no Pará.
A Sespa também deixa claro que a preocupação com a zika segue os mesmos procedimentos em relação à dengue e chikungunya. Só em 2015, foram registrados 42 casos da doença no Estado. Neste ano, até o momento, 48 ocorrências foram confirmadas pelo Instituto Evandro Chagas, mediante critério laboratorial. O tratamento para a zika é apenas paliativo, de suporte e de correção de sequelas. Logo, é preciso diminuir a incidência do mosquito transmissor. Em 2016 não houve morte por zika no Pará.
Fonte: Secretaria de Estado de Saúde Publica-SESPA
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