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Oficina de artesanato em argila promove troca de saberes

Alunos são convidados a visitar as salas de peças
 da cerâmica Tapajônica no CCJF

Com a finalidade de promover o desenvolvimento de processos com aplicação de técnicas que visam qualidade e fomento a geração de renda, através da produção com argila (barro) iniciou na tarde desta segunda-feira (8) nas dependências do Centro Cultural João Fona (CCJF) a quarta oficina de artesanato em argila pela Prefeitura de Santarém, através da Secretaria Municipal de Cultura (Semc). A atividade também promoveu a troca de saberes entre artesãos e pessoas com afinidades a arte da cerâmica da área urbana e rural.

A artesã Edineuza Farias, 33 anos, da comunidade de Bom Futuro, região de rios do Lago Grande, participa pela primeira vez da oficina. "A arte do artesanato em argila na minha família passa de geração a geração. Trabalho com a argila há quatorze anos. Estou muito feliz com esta oportunidade ofertada pelo governo municipal de trocar conhecimento para melhorar o meu trabalho. Aprenderemos novas técnicas com o mestre ceramista e poder expor o nosso conhecimento é maravilhoso. Na comunidade produzimos mais peças utilitárias como as panelas de barro. A nossa produção tem grande aceitação tanto em Santarém quanto em Juruti", disse.

Mestre ceramista, Elves Costa, ensina a retirar as impurezas da argilaNa facilitação da Oficina está o mestre na Arte do Saber Popular, o ceramista santareno Elves de Sousa Costa que explicou sobre as etapas da atividade a serem aplicadas em dois grupos, distribuídos de manhã e tarde. "Na primeira atividade, abrimos com a parte teórica, nas explicações desde a origem da argila a queimação das peças e pintura, qual será feita na técnica do uso da jutaícica. 

É um tipo de resina natural extraída da árvore Jutaí, planta nativa da floresta Amazônica. Depois seguimos a visitação nas salas das peças do Centro Cultural, a qual faremos as réplicas, urnas e estatuetas e vamos incluir cuias, peças utilitárias. E iniciamos o trabalho de limpeza da argila e moldagem das primeiras peças", explicou o mestre ceramista.

Segundo a Chefe de Seção de Atendimento ao Turista do CCJF Patrícia Chaves, desde a primeira oficina com a matéria-prima argila, popularmente conhecida na Amazônia como barro, a procura é grandiosa em aprender. "Essa é a quarta oficina promovida nas dependências do Centro Cultural, em cada atividade as peças são diferentes, mas adotamos a linhagem da cerâmica Tapajônica. As atividades iniciaram na tarde desta segunda, e prosseguem nos turnos da manhã e tarde. Após o término da oficina as peças serão expostas", explicou.

A conclusão da oficina de artesanato está prevista para ocorrer em 17 de outubro. E o resultado será exibido no período de 18 a 31 de outubro na Galeria de Exposições Temporárias do Centro Cultural João Fona (CCJF). Na exposição, as peças serão comercializadas nos valores de R$ 5 a R$ 300.

Resina natural, a jutaícica, que será trabalhada para 
a pintura de peças como a cuia em argila



Fonte: Oficina de artesanato

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