Celulares com módulo tudo-em-um da Qualcomm vão chegar primeiro ao Brasil
A Qualcomm tem uma nova categoria de chips para celulares e dispositivos em geral, e ele vai ser lançado primeiro no Brasil. Durante a Futurecom 2018, em São Paulo, o presidente da empresa para a América Latina, Rafael Steinhauser, falou um pouco sobre novos chips QSiP, que unem todos os componentes em apenas uma peça e vai permitir celulares mais baratos com a tecnologia de processadores conhecidos da fabricante.
Smartphones convencionais usam uma placa com os diversos componentes usados por eles, como processador, memória, modem e outras coisas. Os novos chips QSiP unificam todos esses componentes em apenas um lugar, que ainda por cima é menor do que as placas tradicionais.
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Assim, fabricantes só precisam adicionar a tela, bateria, sensores e câmeras, que todo o restante do hardware é garantido pelo módulo da Qualcomm. Com um tamanho reduzido, o QSiP possibilita, por exemplo, celulares mais finos - com 6 mm de espessura, por exemplo.
Os chips QSiP vão ser fabricados no Brasil. Eles são fruto de uma parceria entre a Qualcomm e a fabricante taiwanesa USI (Universal Scientific Industrial), pertencente ao grupo ASE. E a chegada da fábrica da empresa ao interior paulista foi possibilitado graças a um acordo com o governo brasileiro, com o objetivo de tornar o país um dos grandes no mundo dos semicondutores.
E a boa notícia é que não vamos demorar para ver aparelhos com o novo módulo por aqui. A Qualcomm disse que uma fabricante (que não foi especificada pelos executivos da companhia) vai lançar celulares com o QSiP dentro das próximas semanas no mercado brasileiro - e vale ressaltar aqui que o país vai ser o primeiro no mundo a receber produtos com o semicondutor.
O QSiP não é potente quanto um Snapdragon 845 - o chip usado nos principais celulares Android da atualidade -, mas é baseado em tecnologias usadas em outras linhas da Qualcomm. Assim, podemos esperar ao menos a potência encontrada em celulares básicos. Além disso, ele também foi pensado para o futuro da Internet das Coisas - e, para isso, o tamanho reduzido é fundamental para permitir diferentes tipos de aparelhos que se conectam à internet.
Fonte: Mobilidade
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