Selic deve cair para 6,75% e atingir menor índice da história em 2018, diz economista-chefe do Bradesco
Em reunião do G100 Brasil, Fernando Honorato também apontou os três pilares da retomada econômica, que deve se manter no ano que vem.
A taxa Selic deve cair ainda mais em 2018 e atingir seu menor índice da história. De acordo com o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, em reunião do G100 Brasil realizada nesta quinta-feira (14), em São Paulo, a expectativa é de que o Banco Central reduza a taxa básica de juros da economia brasileira a 6,75% ou menos até o fim do ano.
Caso esse patamar seja atingido, seria não apenas a menor taxa da história, reduzindo 0,25% dos 7% atuais, mas também mais baixa do que em alguns países emergentes, como o México. “Essa queda significa uma injeção da ordem de 70 bilhões no bolso do consumidor, que passará a pagar menos juros de seus empréstimos”, aponta o economista.
O setor privado também tende a ganhar com a queda da Selic, sobretudo na estabilização do cenário de dívida: “Para as empresas, isso significa menor endividamento em 2018, aumentando os lucros e ajudando na recomposição dos balanços”, completa Honorato.
Retomada em três pilares
Segundo o economista, o cenário de recuperação econômica cíclica pautada pelo consumo deve se manter em 2018 por conta de três pilares fundamentais: o menor endividamento das famílias, que passam a ter balanços mais ajustados; a retomada de empresas e indústrias, que diante de um cenário de estoques reduzidos tendem a aumentar a produção e gerar empregos; e a ausência de pressões inflacionárias, com salários contidos e menores acordos coletivos em 20 anos.
O desafio, no entanto, é lidar com dois riscos, sendo um de ordem global, que é uma possível alta da taxa de juros dos Estados Unidos no ano que vem, que pode ser parcialmente mitigado pelo efeito positivo nas exportações e no preço das commodities, e um de ordem local, que é a transição política e suas implicações na resolução da situação fiscal e na capacidade do país de atrair investimentos.
Além de Fernando Honorato, a 88ª reunião do G100 Brasil promoveu o debate entre economistas, empresários e diversas lideranças. O encontro foi realizado no escritório da Trench Rossi Watanabe, na zona sul de São Paulo.
Sobre o G100 Brasil - Composto de 100 membros (empresários, presidentes e CEOs), mais 20 membros (economistas-chefes/especialistas financeiros) efetivos e nomeados, o G100 Brasil reúne destacadas lideranças empresariais do País em busca do desenvolvimento da sociedade e de suas organizações. Orientado pelas Alianças de Conteúdo com Universidades reconhecidas no País, além de uma ampla rede de Parceiros Estratégicos Nacionais e Internacionais, os Núcleos de Estudos têm por objetivo, por meio de reuniões fechadas e restritas, o debate entre seus Membros para o desenvolvimento e produção de conteúdo, influenciador das decisões corporativas, considerando a transferência de conhecimento, benchmarking e a cooperação entre seus integrantes.
Fonte: Cunha Vaz Brasil – Public Relations
Nenhum comentário
Postar um comentário