Mastectomia profilática em dois estágios melhora resultados
Os resultados demonstram que uma mastopexia / redução direcionada seguida por mastectomia profilática / reconstrução direta para implante pode ser planejada com segurança em mulheres que optam por uma mastectomia de redução de risco e podem ser realizadas com sucesso com intervalo de tempo entre as operações.
Para mulheres submetidas à mastectomia de redução de risco ou profilática para prevenir o câncer de mama, a reconstrução pode ser desafiadora naquelas com mamas maiores. Uma abordagem em dois estágios - com redução inicial da mama e "pré-moldagem", seguida de mastectomia e reconstrução - parece ser um procedimento mais seguro com melhores resultados cosméticos, relata um artigo publicado no Plastic and Reconstructive Surgery®, jornal médico oficial da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).
Pré-moldagem das mamas diminui riscos
“Mais mulheres estão passando pela mastectomia e pela reconstrução mamária para reduzir o risco de câncer de mama familiar, com base na detecção dos genes de risco específicos. Normalmente, isso é feito em um procedimento de estágio único, com a mastectomia de ambas as mamas, seguida da reconstrução mamária imediata usando implantes. No entanto, pode ser desafiador alcançar bons resultados com a reconstrução imediata em mulheres com mamas grandes (macromastia) e com flacidez ou queda (ptose)”, afirma o cirurgião plástico Ruben Penteado, (CRM-SP 62.735), diretor do Centro de Medicina Integrada.
Essas pacientes mais frequentemente acabam tendo que fazer um procedimento corretivo difícil e a taxa de reconstrução fracassa, além de ser inaceitavelmente alta. “Para melhorar esses resultados, os pesquisadores desenvolveram uma abordagem direcionada em dois estágios para esse grupo de pacientes. Na primeira etapa, as mulheres foram submetidas a um procedimento de redução de mama / elevação de mama (mastopexia) para criar uma mama mais adequada para a reconstrução via implante. Além de reduzir e remodelar a mama, uma parte importante deste procedimento foi levantar o complexo do mamilo-aréola (mamilo e tecidos circundantes) para uma posição mais central”, explica Ruben Penteado, que é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Após alguns meses, as mulheres procederam à mastectomia padrão de redução de risco e à reconstrução baseada em implantes. A versão on-line do artigo inclui um vídeo que ilustra aspectos-chave da técnica para cirurgiões plásticos.
Entre 2013 e 2015, os pesquisadores usaram essa abordagem em duas etapas em 22 mulheres, com uma idade média de 46 anos. A mastectomia e a subsequente reconstrução foram concluídas com sucesso em todas as 44 mamas. As reconstruções foram realizadas entre três e nove meses (média de quatro meses) após a redução / remodelação inicial da mama.
Duas pacientes apresentaram complicações que exigiram uma cirurgia de repetição; outras cinco pacientes apresentaram pequenas complicações que foram resolvidas com tratamento não cirúrgico. Importante, não houve problemas com o suprimento de sangue e a sobrevivência do complexo mamilo-aréola.
“Em todos os casos, os resultados cosméticos foram classificados como excelentes. Os autores acreditam que a técnica é uma importante contribuição para melhorar os resultados da mastectomia de redução de risco e da reconstrução mamária para mulheres com mamas grandes”, afirma Penteado.
Segundo os autores do estudo, o procedimento em duas etapas tornou-se padrão, em seu serviço de atenção, para mulheres com mamas grandes submetidas à mastectomia de redução de risco, pois o resultado cosmético superior e a baixa taxa de complicações provaram ser melhores do que o esperado.
CONTATO:
Site: www.medintegrada.com.br
Canal de vídeos: https://www.youtube.com/user/ Medintegrada
Fonte: Márcia Wirth - MW- Consultoria de Comunicação & Marketing em Saúde
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