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Marinha não aceita proposta de plano de resgate de rebocador que naufragou em Óbidos


Empresa que apresentou a proposta faz serviços até 30 metros de profundidade, mas embarcação se encontra a cerca de 60 metros. Quase um mês após o acidente, nove pessoas continuam desaparecidas.

uase um mês após o acidente envolvendo um rebocador e um navio mercante no rio Amazonas, ainda não foi apresentado o plano de resgate dos nove desaparecidos no acidente. Na manhã desta segunda-feira (28) uma empresa do estado do Amazonas se propôs a apresentar um plano durante uma reunião na Ordem dos Advogados do Brasil, subseção Santarém, mas ela não estava apta para realizar o serviço.

Segundo a Capitania Fluvial do município, a capacidade técnica da empresa é limitada não podendo retirar o rebocador que está no fundo do rio, em uma profundidade aproximada de 60 metros. Esta empresa pode realizar os serviços de resgate em profundidade de até 30 metros.

Outro fator que impediu a aprovação é que a empresa faz os trabalhos deste tipo em locais que não apresentam riscos aos profissionais. No entanto, o trecho onde a embarcação se encontra é considerado como perigoso, pois a correnteza é muito forte e a visibilidade é zero.

Para realizar o içamento do rebocador seria necessária uma readequação, como compras de novos equipamentos. Esta compra só seria possível se a Bertolini LTDA, dona do rebocador, antecipasse o pagamento.

Na reunião estiveram presentes familiares dos desaparecidos, representantes das empresas envolvidas, OAB, Marinha do Brasil, Corpo de Bombeiros, órgãos de segurança do estado e o Ministério Público Federal. O MPF poderá nos próximos dias acionar a Justiça Federal em relação a esse caso.

Prazos
Como não ficou definida a empresa que fará o plano de resgate dos nove desaparecidos, os prazos definidos em outras reuniões ainda estão vigentes. A Bertolini tem até o dia 15 de setembro para contratar uma empresa apta para tal serviço e apresentar novamente o plano à Marinha do Brasil. Caso seja aprovado o plano, a reflutuação do rebocador deve ocorrer entre os meses de outubro e novembro.

O acidente
O rebocador com nove balsas carregadas com grãos colidiu com o navio cargueiro na madrugada de quarta-feira (2), por volta de 4h30. De acordo com a Capitania Fluvial de Santarém, no empurrador havia 11 pessoas, sendo 9 tripulantes e dois passageiros. Duas pessoas conseguiram se salvar. Elas foram resgatadas e levadas de lancha para Santarém.

Lista dos tripulantes
A Bertolini Transportes divulgou ainda no dia 2 de agosto uma lista com o nome dos nove tripulantes envolvidos no acidente. A Capitania Fluvial divulgou na quinta-feira (3) o nome das outras duas pessoas que também estavam no rebocador da Bertolini. Seis dos desaparecidos são do Pará, dois do Amazonas e um de São Paulo.

Carlos Eduardo Bueno de Souza - desaparecido
César Lemos da Silva - resgatado com vida
Cleber Rodrigues Azevedo - desaparecido
Dárcio Vânio Rego - desaparecido
Dick Farney de Oliveira - desaparecido
Euclinger da Silva Costa - resgatado com vida
Ivan Furtado da Gama - desaparecido
Juraci dos Santos Brito - desaparecido
Wandel Ferreira de Lima - desaparecido
Adriano Sarmento de Castro - desaparecido
Marcelo Reis Moreira - desaparecido


Fonte: Santarém, Óbidos

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