Desvendamos a tecnologia do Homem de Ferro
Com tecnologia e fortuna, Tony Stark é um dos heróis mais populares da atualidade. Todo mundo quer ser Tony Stark. Principalmente para ter acesso ao seu arsenal praticamente infinito de gadgets tecnológicos.
Vamos dar uma boa olhada por dentro da armadura que faz o Homem de Ferro ser um dos heróis mais populares dos últimos anosReator Arc.
Nos cinemas, é o reator Arc que mantém os estilhaços afastados do coração de Stark e alimenta com energia nuclear o traje do Homem de Ferro. Uma das características mais legais do "coração do Homem de Ferro" é ser capaz de realizar a chamada fusão a frio. Inicialmente o reator usa o metal nobre paládio. Na sequências, o cientista cria um novo elemento químico para sua fonte de energia.
Botas propulsoras
Ok, voar não pode ser considerado um sonho para um playboy gênio da ciência. Mesmo assim, o Homem de Ferro realiza essa tarefa com maestria. O herói voa ao redor do planeta em velocidade supersônica graças a seus propulsores de plasma. Embora seja improvável que nossa tecnologia atual consiga fazer discos de plasma com tal capacidade caberem em boas e luvas, há cientistas estudando o uso do plasma em aeronaves e manipulação electromagnética dele para propulsão.
Canhão repulsor
Uma das principais armas do Homem de Ferro, os canhões repulsores em seus pulsos seriam feitos de nêutrons comprimidos. Os equipamentos também ajudam Stark estabilizar o seu voo. O raio, que na verdade não é um raio, existe apenas na ficção. Seria difícil fazer com que os nêutrons se deslocassem a grandes distâncias. Segundo a Marvel, o canhão muda conforme a armadura que Tony usa. Ou seja, o repulsor pode usar plasma no lugar dos nêutrons.
Jarvis
O supercomputador Jarvis usa sua inteligência artificial para ajudar o Homem de Ferro durante as batalhas e também é responsável por monitorar todos os sensores da casa inteligente do herói bilionário. O aparelho é a interface perfeita entre Tony e sua armadura, algo na linha de um Alfred (Batman) high tech. E pensar que a Siri — assistente de voz da Apple — ainda nem aprendeu a falar português...
Head up display
Já parou para pensar que as telinhas de informações e sensores que aparecem no capacete do Homem de Ferro são bem parecidas com a de aviões e caças? É isso mesmo, elas podem ser consideradas uma evolução da conhecida "barrinha de sangue" de games como Street Fighter e outros. O nome desse tipo de disposição de dados é head up display. A ideia é mostrar informações sem atrapalhar a visão do piloto, herói ou jogador.
Um produto que promete trazer o conceito para nosso dia a dia de forma surpreendente é o GoogleGlass.
Exoesqueleto
Sem a armadura, Tony Stark não é ameaça para os criminosos, concorda? Enquanto isso, na vida real, cientistas estão realmente desenvolvendo exoesqueletos para aumentar a força de soldados. Um desses projetos é realizado pela Marinha dos Estados Unidos e também há exoesqueletos sendo desenvolvidos no Japão.
Armadura Extremis
Nos quadrinhos, uma espécie de arma biotecnológica combinou o humano Tony Stark e sua armadura em um único ser. O resultado dessa combinação de nanotecnologia, alquimia e bastante ficção é a armadura Extremis.
Neste arco de histórias, o sistema nervoso de Stark é diretamente ligado à sua armadura. Em entrevista ao site SmartPlanet, o doutor em neurociência Paul Zehr afirma que armadura pode se tornar realidade:
— Extremis é uma interface homem-máquina. Não é apenas um traje que você tira. Ela recebe comandos diretamente do sistema nervoso. Hoje em dia, nós temos trajes que respondem com pequenos movimentos. Mas para o traje Extremis há uma camada de sensores elétricos debaixo da pele. Basicamente, você estaria eletricamente conectado à armadura. Uma das coisas legais é que o traje se encaixa com as próteses neurais de hoje. As mais experimentais são conectadas ao sistema nervoso, como um órgão artificial. Além de artista marcial e fã dos quadrinhos, Zehr é autor do livro Inventing Iron Man (Inventando o Homem de Ferro, não publicado no Brasil).
Evolução das armaduras
Ao longo dos anos, Tony Stark teve uma armadura para diferentes aventuras e inimigos. Acadêmico, game designer e fã do personagem, FranciscoTupy afirma que catalogou mais de 50 armaduras do personagem:
— É um herói que teve vários upgrades ao longo dos anos. Ele foi dos transistores para os chips e agora sua armadura tem até biotecnologia. As várias armaduras refletem o pensamento do Stark de 'na paz, se prepare para a guerra'. Ou seja, ele mesmo faz a sua proteção, criando diferentes armaduras para cada inimigo. Tupy é autor do artigo Homem de Ferro: estética que traduz a tecnologia na sociedade, no qual comenta que o público de antigamente não "estava pronto para o Homem de Ferro".
Quanto custa tudo isso?
De acordo com um levantamento realizado pela empresa MoneySupermarket uma única armadura do Homem de Ferro custaria cerca de R$ 220 milhões (110 milhões de dólares). A empresa foi além e calculou quanto Tony Stark desembolsaria em suas várias armaduras, supercomputador e casa em Malibu: mais do que R$ 3,2 bilhões (1,6 bilhões de dólares). O levantamento Fictional 15, da revista Forbes, avalia que a fortuna de Tony Stark é de aproximadamente R$ 18 bilhões (9 bilhões de dólares). O playboy por debaixo da armadura do Homem de Ferro foi considerado o quinto personagem mais rico do mundo da ficção em 2012.
Evolução do personagem
O Homem de Ferro foi criado por Stan Lee em 1963, mas só conquistou as audiências quase 50 anos depois. Exatamente porque ele reflete a sociedade altamente tecnológica em que vivemos, explica Francisco Tupy. — O Homem de Ferro é o espelho do homem moderno. Diferente de um personagem como o James Bond, que sempre foi presente na vida das pessoas, o Homem de Ferro deixou de ser de segunda e passou de ser de primeira porque as pessoas viram o híbrido da tecnologia na vida delas.
Nesta sexta-feira (26) estreia Homem de Ferro 3. O R7 já assistiu e promete: o filme é épico. Você vai encarar?
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