Breaking News

'Inauguração da UPA foi irresponsabilidade', diz secretária


Obra foi inaugurada ano passado, mas ainda não funciona
Obra foi inaugurada com as paredes rachadas e com falta de equipamentos na gestão da ex-prefeita Maria do Carmo.

Santarém - Em entrevista ao Jornal Tapajós 1ª edição, nesta quarta-feira (17), a secretária adjunta de Saúde de Santarém, Lívia Corrêa, afirmou que foi uma irresponsabilidade a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), localizada no bairro Diamantino, em Santarém, oeste do Pará.

A UPA deveria funcionar 24 horas e atender moradores do Diamantino e bairros adjacentes, com serviços de saúde de média complexidade, mas até o momento não funciona. O valor da obra do governo federal foi de R$ 2,6 milhões. São mais de 20 salas, inclusive, para atendimentos pediátricos e odontológicos, entregues a comunidade em dezembro do ano passado pela gestão da então prefeita Maria do Carmo (PT). 
“A inauguração da UPA foi uma grande irresponsabilidade. O Ministério da Saúde é claro: a UPA tem que funcionar com médicos 24 horas. Se eu tenho dificuldades de fechar a escala no Pronto Socorro Municipal, eu tenho que trazer médicos para funcionar uma UPA 24 horas. Se não há repasse financeiro, não acontece”, declarou a secretária adjunta de Saúde de Santarém, Lívia Correa.

No governo passado, a resposta para o não funcionamento foi de que estaria faltando alguns equipamentos, que estavam em processo licitatório para compra. Sem equipamentos como raio X, respiradores, monitores e sem mobília, a unidade não pode ser aberta à população. A nova unidade teria capacidade para atender 450 pacientes por dia, número considerado insuficiente para a demanda.

“A UPA viria ajudar não somente os centros de saúde, como o próprio Pronto Socorro Municipal. Muitas pessoas vão pra lá [PSM], mesmo não tendo condições financeiras. Temos três grandes problemas: a questão da sobrecarga nos centros de saúde, a infraestrutura da UPA que não foi concluída, e da equipe de profissionais concursados que ainda não foram chamados. Foi informado que seria repassado em torno de 250 a 300 mil reais para o funcionamento da UPA, e até hoje não sabemos se este dinheiro está sendo realmente repassado ao Município e, se está, aonde está esse dinheiro”, reclamou o presidente da Associação de Moradores do bairro Diamantino, Erlan Nadler.

Segundo a secretária, a previsão de inauguração da UPA é para este semestre e que só irá funcionar após os problemas serem resolvidos. "Eu não tenho como funcionar uma UPA sem médicos. Não é que estejamos parados, nós precisamos colocar a UPA para funcionar. A gente está tentando trazer médicos, inclusive, de fora. Isso custa dinheiro. É um desgaste à gestão absurdo, mas a gente vai botar para funcionar. A UPA foi inaugurada, está muito bonita, mas não tem todos os equipamentos. Faltou entrega de equipamentos. Há equipamentos colocados lá dentro que não foram pagos, ficaram em restos a pagar. A gente está enfrentando todas essas dificuldades. A obra foi entregue, mas já há problemas de obras, de infraestrutura, rachaduras no prédio, e a gente não pode ter a irresponsabilidade de botar a UPA para funcionar com todos esses problemas”, enfatizou.

Uma Unidade de Pronto Atendimento atende casos de urgência e emergência, onde os pacientes podem ficar internados até 24 horas.

Nenhum comentário

imagem de uma pessoa em frente a tela no notebook com a logo do serviço balcão virtual. Ao lado a frase indicando que o serviço