Professores com diplomas falsificados são demitidos
O esquema de falsificação de diplomas chegou até o prefeito Nélio Aguiar por meio de denúncia. As informações eram que profissionais contratados pelo Município, para atuarem como professores haviam apresentado, no momento da contratação, diplomas falsos.
De imediato o gestor acionou a secretária municipal de educação, Marluce Pinho, para que ela tomasse as devidas providências. Segundo a Prefeitura, após averiguações, constatou-se que nove professores tinham apresentado a documentação falsificada.
“Após tomar conhecimento de que alguns servidores (professores) da Secretaria Municipal de Educação (Semed) estavam trabalhando no órgão de educação com diplomas falsificados, o prefeito Nélio Aguiar mandou apurar a denúncia e foi constatado que nove professores apresentaram diplomas falsos quando foram se cadastrar no órgão. Imediatamente o Prefeito mandou que a titular da Secretaria Municipal de Educação, Marluce Pinho, tomasse as providências cabíveis”, informou a Prefeitura por meio de nota à imprensa.
Ainda de acordo com a nota, “a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), esclarece que, após receber denúncias de que havia no quadro de Umei’s e Emei’s da rede municipal indícios de professores com diplomas falsos, acionou o setor de Recursos Humanos (RH) para que levantasse a documentação de todos os servidores. Ao final do levantamento, foi detectado que os diplomas de Magistério de nove professoras tinham indício de falsificação. A Semed enviou ofício à instituição que, em tese, teria emitido os diplomas, perguntando sobre: Veracidade dos documentos, Período em que foi cursado e Histórico escolar. A Semed obteve como resposta que os documentos não tinham sido expedidos pela instituição. Em consequência disso, os nove servidores foram exonerados. O setor jurídico da Semed informa que o caso será encaminhado aos órgãos competentes para a devida apuração”.
REPERCURSÃO: O fato alcançou debates acalorados nos quatro cantos da Pérola do Tapajós. Na Câmara de Vereadores, alguns parlamentares elogiaram os encaminhamentos realizados pela Semed sobre o caso. Outros cobraram uma investigação mais abrangente, como fez o vereador Dayan Serique.
“Uma falha da Secretaria de Educação em contratar professores com diplomas falsos requer um acompanhamento de perto. Esse fato mostra que é preocupante a situação. Afinal, alguém deverá ser responsabilizado pela contratação desses professores”. declarou o parlamentar.
O parlamentar afirmou, ainda, que este fato merece ter continuidade de investigação até que seja completamente apurado. “Não se sabe quanto mais estão nessa situação. Mas, se sabe que o número de professores contratados é muito grande e como houve o registro de falha nas contratações, não ocorreu o devido acompanhamento. Agora a pergunta é: quem abriu vaga para a lotação dos professores com diploma falso?”.
Dayan Serique ressaltou, ainda, que “a SEMED tem uma responsável que é a Secretária, portanto, ela deve ser responsabilizada pela identificação de quem colocou os referidos professores. Nesse momento, não se pode transferir responsabilidades a outra pessoa”.
Sobre a pauta, o popular socialista disse que a Câmara, e não apenas a Comissão de Educação, tem o dever de acompanhar essa apuração, que diz respeito à contratação de professores inaptos para execução do cargo, até que os responsáveis possam ser devidamente identificados e responsabilizados.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO: Essa foi sugestão do vereador Jandeilson Pereira, sobre o caso de professores com diplomas falsificados. O tucano cobrou das autoridades que seja averiguada a situação, “fiscalizada a fundo”. Ele disse, ainda, que espera que o Ministério Público apure veementemente. E foi além, sugeriu à Casa que abra uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a denúncia.
AÇÃO ADEQUADA: Para a vereadora Maria José Maia, o trabalho executado pela Semed foi coerente e garantiu transparência. Em sua fala, a parlamentar parabenizou a pasta de Educação do Município pela autoverificação de irregularidades na documentação de alguns professores, que estariam trabalhando com diploma falso. A democrata enfatizou que a preocupação com o fato se dá porque o momento não seria apropriado para substituir professores, mas ressaltou que não se pode deixar profissionais não habilitados em sala de aula.
Por: Edmundo Baía Júnior
Fonte: RG 15/O Impacto
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