CNPEM é referência na técnica premiada pelo Nobel de Química
Centro dispõe de polo de criomicroscopia referência na América Latina e aberto à comunidade cientifica e empresarial.
O suíço Jacques Dubochet, o escocês Richard Henderson e o alemão Joachim Frank foram laureados com o Prêmio Nobel de Química de 2017 pelo desenvolvimento da microscopia crioeletrônica. De acordo com o comitê do Nobel, os três cientistas foram premiados "por desenvolver a microscopia crioeletrônica para a determinação de alta resolução das estruturas de biomoléculas em soluções".
Em fevereiro, Marin van Heel, pesquisador do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), integrante do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), localizado em Campinas (SP), ganhou o prêmio Prêmio Wiley em Ciências Biomédicas, juntamente com dois dos vencedores do Nobel, Richard Henderson e Joachim Frank.
Marin também é um dos pioneiros da técnica e atua desde 2012 para consolidar a área de pesquisa em criomicroscopia eletrônica no Brasil, mais especificamente, no campus do CNPEM. Além de atuar no LNNano, van Heel é Professor Emérito da Universidade de Leiden, na Holanda, e do Imperial College, de Londres, na Inglaterra.
A criomicroscopia beneficia principalmente pesquisas nas áreas da Saúde, Farmácia, Química e Biologia. Com resolução próximas à escala atômica, a técnica gera dados que podem ser a base para o desenvolvimento de novos medicamentos, por exemplo.
Criomicroscopia no Brasil
O CNPEM tem investido na área de criomicroscopia há alguns anos. Em 2012, por meio de uma bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na modalidade Pesquisador Visitante Especial, Marin van Heel juntou-se à equipe do Centro para consolidar a área de pesquisa em criomicroscopia eletrônica no Brasil.
A iniciativa do CNPEM contempla uma infraestrutura pioneira na América Latina, que contará com três microscópios eletrônicos de transmissão abertos à comunidade científica. Dois equipamentos já estão instalados – um deles está aberto a usuários externos e o outro será disponibilizado ainda em 2017. Ambos foram adquiridos com recursos do Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia (SisNano). O terceiro equipamento, de alto desempenho para criomicroscopia eletrônica, deverá estar disponível em 2018.
Para treinar os pesquisadores na técnica, Marin e a equipe do LNNano organizam a cada dois anos o evento “Brazil School for Single Particle Cryo-EM”, escola que terá sua próxima edição em 2018.
Sobre o LNNano
O Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) está localizado em Campinas (SP) e é integrante do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O Laboratório, aberto a usuários, busca, por meio de pesquisas in house, explorar oportunidades oferecidas pela nanotecnologia para atender às necessidades da agricultura, indústria e serviços, em âmbito regional, nacional e internacional.
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) é uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Localizado em Campinas (SP), compreende quatro laboratórios referências mundiais e abertos à comunidade científica e empresarial. O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) opera a única fonte de luz Síncrotron da América Latina e está, nesse momento, construindo Sirius, o novo acelerador de elétrons brasileiro de quarta geração, dedicado à análise dos mais diversos tipos de materiais, orgânicos e inorgânicos; o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) desenvolve pesquisas em áreas de fronteira da biociência, com foco em biotecnologia e fármacos; o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioetanol (CTBE) investiga novas tecnologias para a produção de etanol celulósico; e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) realiza pesquisas com materiais avançados, com grande potencial econômico para o país. Os quatro Laboratórios têm, ainda, projetos próprios de pesquisa e participam da agenda transversal de investigação coordenada pelo CNPEM, que articula instalações e competências científicas em torno de temas estratégicos
Fonte: Medialink Comunicação
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