Negociando feijões ou Cloud?!
*Por Raul Cesar
Não há dúvidas que o processo de gerenciamento de TI (tecnologia da informação) envolve inúmeras decisões e em ambientes mistos completamente diferentes. Gerir seus subordinados, negociar e administrar links Telecom, preocupar-se com a alta disponibilidade do core da empresa, resguardar as informações e espremer a inovação dentro do budget disponível são alguns dos desafios de um gestor de TI.
Para conseguir vencer o relógio, alguns gerentes tentam simplificar processos para facilitar a análise e decisão estratégica, nada de errado, mas esta tratativa pode iludir certas decisões consideradas acertadas, mas que na verdade levam suas organizações a andar em círculos. Uma forma de “catalisar” um processo de contratação ou decisão estratégia é “commoditizar” tudo, ou seja, resumir para um único e simples denominador o processo de negociação: o preço.
A “commoditização” está sendo absurdamente aplicada ultimamente em negociações variadas. O gestor de TI aplica esta tática para rapidamente chegar a decisão “mais adequada” uma vez que seu corpo diretor não entende os detalhes técnicos e gosta desta análise. Afinal de contas, por não compreender na plenitude o processo que está sendo negociado, tudo acaba se tornando compreensível. Ficou fácil, vamos decidir pelo mais barato que “faz a mesma coisa”. Se você está negociando, por exemplo, plugs de tomada ou fita adesiva, OK, pode até usar esse processo. O problema é que gestores estão aplicando a “commoditização” para sistemas complexos e críticos, como o Cloud Computing.
Quando você coloca algo que possui tantos satélites como Cloud em uma única linha do excel, a do preço, você está correndo um sério risco de assumir para si uma doença terminal. Essa atitude gera, além de uma crença limitante de que seu core de negócio, sistema ou processos não são compatíveis com Cloud Computing, a dificuldade de aderir aos benefícios reais de um verdadeiro provedor de nuvem corporativo. Tudo isso porque na verdade é você que optou por não olhar o valor agregado de um provedor adequado, de analisar e ponderar os pontos positivos e negativos, de verificar e listar os diferenciais e catalisadores que este provedor pode dar para seus negócios a médio e longo prazo.
É fundamental que os empreendedores abracem a inovação como chave fundamental para a porta que levará sua empresa a uma luz de destaque em seu mercado, enxergando, por exemplo, todas as novas oportunidades de entrada de receita e criação que o Cloud Computing pode lhe entregar. Um provedor adequado, cujo discurso também não se resume apenas a preço (não quero dizer que preço não é importante, é sim, mas não pode ser o leme que decide o destino), mostra em altos índices de detalhes seu valor agregado e seus diferencias. Eles precisam ser levados em consideração pois determinam o sucesso de sua operação. No bom português, evitam que o barato saia caro.
*Raul Cesar é Sales Specialist da startup curitibana Winov (www.winov.com.br)
Fonte: P+G Comunicação Integrada
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