Caneta criada pela USP São Carlos evita a falsificação de assinaturas
Som captado por microfone é comparado com
banco de dados
Microfone capta som emitido e compara com frequências armazenadas. Tecnologia ainda não tem previsão de quando estará disponível no mercado.
Um pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos (SP) desenvolveu uma caneta que pode diminuir os casos de falsificação de assinatura. A tecnologia capta o som emitido na hora da escrita e o armazena. Ainda não há previsão de quando esse sistema estará disponível no mercado.
A nova tecnologia é composta por um microfone que é colocado dentro da caneta. As frequências predominantes no áudio são enviadas ao sistema central de um computador, onde são armazenadas. Cada vez que for feita uma assinatura, o programa mostrará se a escrita foi realizada com a mesma frequência, ou seja, pela mesma pessoa. “Se a pessoa assinar muito de vagar o sinal será fraco, mas se assinar mais rápido terá uma assinatura mais característica e o assim o sistema conseguirá diferenciar melhor”, explicou o pesquisador João Paulo Lemos Escola.
Atualmente a comprovação das assinaturas em cartórios é feita com a presença da pessoa que assina o documento na frente de um funcionário ou por comparação, quando é comparada a assinatura do documento com a do cartão arquivado. “Ela não é 100% confiável porque é feita apenas por semelhança”, disse o tabelião Rubens Fabrício Barbosa.
O sistema pode ser usado nos cartórios e até nas lojas, desde que o comerciante tenha acesso ao banco de dados. Para que os dados sejam gravados é preciso que a pessoa faça a assinatura quatro vezes e assim as amostras identificam o autor. ”Ele ainda não é capaz de ser utilizado para substituir outros processos, mas pode trabalhar em conjunto”, falou Escola.
O comerciante Marcio Roberto Zangotti já teve esse ano um prejuízo de R$ 10 mil com cheques que voltaram. “Tentamos não pegar cheques por que a única garantia é a assinatura. E essa caneta será bem vinda, colocaria no meu comercio sem duvidas”, contou.
Para o vice-diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Osvaldo Novais, autor do livro 'A Física a serviço da sociedade', afirma que a tendência é que os sistemas de diagnósticos sejam cada vez mais apoiados por um sistema computacional. “Os sistemas computacionais a partir da sua habilidade de processar grande quantidade de dados são superiores a capacidade dos humanos de fazer diagnósticos”, explicou.
Fonte: São Carlos
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