Polícia Federal entra em greve em Santarém
Uilses Tavares diz que paralisação foi denominada
de “Apagão da Polícia Federal”
Agentes da Delegacia da Polícia Federal de Santarém aderiram ao movimento grevista iniciado em todo o Brasil.
Agentes da Delegacia da Polícia Federal de Santarém aderiram na manhã desta terça-feira, 25, ao movimento grevista iniciado em todo o Brasil. A paralisação denominada “Apagão da Polícia Federal” reivindica melhoria salarial, reestruturação da carreira e o pagamento de indenização de fronteira.
Parte dos agentes da PF de Santarém aderiu ao movimento grevista. Eles protestaram com faixas e cartazes colocadas na frente da delegacia da PF de Santarém, com frases de insatisfação. A paralisação prevê a não realização das atividades da classe dos policiais num prazo de 48 horas.
Participam agentes, escrivães e papiloscopistas, mas delegados também devem aderir à paralisação na quarta-feira, 26.
Além de aumento salarial, os policiais federais grevistas pedem a estrutura de cargos da Polícia Federal e o reconhecimento de suas atividades como sendo de nível superior. O assessor Uilsses Tavares citou, como exemplo, o caso de um funcionário da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), que recebe R$ 16 mil por mês e tem o mesmo nível de um policial federal. A greve em Santarém reduziu o número de operações.
Segundo Uilses Tavares, as paralisações são pontuais em todo o Brasil. Nesta terça, o movimento reivindica a melhoria salarial. “Nós só entramos na PF hoje se tivermos nível superior, mas o governo trata os EPA’s [Escrivães, papiloscopistas e agentes] como se fossem nível médio. Enquanto um agente da ABIN [Agência Brasileira de Inteligência] entra ganhando R$ 16 mil reais, um EPA ganha 7 mil reais”, compara.
Para esta quarta-feira, a reivindicação é pela indenização de fronteira que, segundo os agentes, não está sendo repassada aos profissionais. Ela se refere a um valor adicional que o agente recebe por atuar em áreas específicas no combate ao contrabando, tráfico de drogas, armas e munições em fronteiras do país.
O agente garante que 30% do efetivo está trabalhando. “Os serviços não foram afetados. O atendimento ficou reduzido, mas não foi suspenso. Nenhum funcionário foi proibido de entrar”, ressalta Tavares.
No dia 11 de fevereiro, a Delegacia Sindical de Santarém, representante do Sindicato dos Policiais Federais do Pará (Sinpef), realizou o movimento denominado ‘PF na UTI’. Assim como a paralisação anterior, o movimento ‘Apagão na Polícia Federal’ também faz parte do calendário de mobilização nacional liderado pela Federação Nacional dos Policiais Federais.
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