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BUMBLEBEE – Opnião sem spoilers!


Por Allan Patrick

No desenrolar da última década, a franquia “Transformers” foi julgada por diversos pontos de vista. Com sua origem estabelecida através da animação dos anos 80, os habitantes de Cybertron saíram das caixas de brinquedos para abraçar o mundo do cinema, se consolidando como uma das sagas mais populares do cinema atual. A primeira produção feita em 2007, foi um arrasa-quarteirões que arrebatou um público imenso, ao longo dos anos se tornou uma verdadeira máquina de fazer dinheiro. Enchendo os olhos de alguns e decepcionando profundamente críticos e cinéfilos do mundo inteiro com a direção alucinante e repetitiva de Michael Bay. Em 2019 foi decretado momentaneamente o fim da era Bay à frente da direção, a franquia ganha uma nova visão, encerrando sua atual jornada para nos levar de volta aos anos 80, uma das décadas mais amadas e a mais utilizada, recentemente em Hollywood. Bumblebee antecede os acontecimentos de “Transformers”(2007), resgatando a nostalgia de toda uma geração, em uma produção que faz daquela clássica animação seu grande pilar de sustentação.

Através da visão apurada do cineasta Travis Knight, “Bumblebee” pulou por cima da exaustiva ação estabelecida por Bay, estabelecendo uma interatividade bem diferente ao longa. Voltando seus olhos na construção de sua protagonista, vivida por Hailee Steinfeld, a trama traz o delicioso clima oitentista, o design de produção nos remete aos clássicos de John Hughes. A personagem principal é um retrato legítimo da juventude da época, com um figurino bem peculiar, do jeitinho dos modelitos usados na década. Incompreendida e sensível, ela se esconde em uma casca que visa protegê-la do convívio social. Essa fragilidade se torna justamente o ponto de contato e afeição que permite o surgimento de uma incomum, mas surpreendentemente real amizade com o robô.

Aqui temos a produção executiva de Steven Spielberg, “Bumblebee” parece uma extensão de seus próprios filmes. Trazendo ares da sua produtora Amblin, o spin-off centraliza sua narrativa na amizade entre uma criatura alienígena e um humano como em “E.T.: O Extraterrestre”, fazendo com que todos os demais personagens e seus arcos sejam atraídos para essa visão. A relação entre essas duas figuras tão distintas se torna encantadora para o público, que percebe uma sensibilidade apaixonante em “Bumblebee”, fazendo com que ele quebre a difícil barreira da identificação com o público. Desajeitado, dinâmico e divertido, sendo o motivo principal de algumas das risadas mais gostosas do filme. Muito show!


Partindo de um roteiro simples e direto, “Bumblebee” também se consolida como o reboot ideal para a franquia, mantendo um pé na nostalgia e outro nas novas gerações. Enchendo de emoção os fãs do desenho dos anos 80, o longa mantém o conceito original mais robusto e geométrico dos Transformers, com traços bem característicos ao que tanto assistimos quando criança. E à medida que se volta para suas raízes como fonte de inspiração, o filme de Travis Knight dá um passo adiante, se projetando para as novas gerações, atraindo um público maior que os primeiros filmes da saga fizeram ao longo desses 11 anos. Por ser direcionado aos mais novos, o spin-off se consagra como um programa familiar delicioso e emocionante, capaz de conquistar a geração mais antiga e a mais jovem. Com essa facilidade de transitar entre os públicos, “Bumblebee” já inaugura um novo momento para a franquia.

“Bumblebee” é um espetáculo à parte quando se trata de mixagem de som, é simplesmente impecável para os ouvidos mais apurados, com engrenagens se conectando a todo vapor e robôs em plena metamorfose, em sons quase ensurdecedores, que só contribuem para a experiência dentro dos cinemas, ou seja, vá assistir em uma sala de cinema, a experiência é muito satisfatória. As cenas de ação possuem o estilo característico dos videogames, com takes extremamente rápidos que pode desagradar alguns, bem como conquistar outros. Com cenas divertidas e humor leve, o spin-off de ação começou bem, iniciando sua trajetória no final dos anos 80, abrindo brecha para sequências ainda mais nostálgicas, que percorram os anos 90 e suas inúmeras referências e até mesmo o início dos anos 2000, conhecido como a explosão da era digital.


Enfim, o filme é uma verdadeira onda de amor para os fãs do passado que sempre clamaram pelas referências originais, à medida que também conquista a geração atual com sutileza e muito humor. Com uma trilha sonora de tirar o fôlego de qualquer amante dos hits de bandas como Duran Duran, “Bumblebee” é um verdadeiro presente de Natal, um blockbuster pipoca que vai atrair não apenas você, mas toda sua família junto para uma prazerosa experiência. Me divertir muito. Minha nota: 9,5!

Fonte: Cinedicas 

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