'Ritual do Tarubá' marca abertura do Festival Borari 2013
Bebida indígena foi distribuída entre visitantes
A bebida é feita da massa ralada da mandioca, dissolvida em água e servida em cuias, foi distribuída entre os visitantes. Santarém - A abertura do 19º Festival Borari foi realizado na noite desta sexta-feira (12), na vila balneária de Alter do Chão, em Santarém, oeste do Pará. O evento festeja a cultura e os costumes da tribo Borari, que habitou o local e ainda tem descendentes.
Moradores de Alter do Chão se vestiram de índios. Em canoas e segurando tochas, eles reproduziram a tradição que a antiga tribo indígena realizava nos dias de festa. O ritual encantou turistas que vieram de outras partes do Brasil, como Marcelo Flores, que veio de São Paulo e não conhecia esta manifestação cultural.
“O importante é que eles celebram o fato de que essa etnia existiu, existe uma tradição indígena ligada à região. A gente vê até nas feições nas pessoas aqui que há muitos traços indígenas. Não precisaria nem pintar o pessoal que está ali desfilando. O pessoal está marcado pela herança indígena”, afirmou.
Do cais da vila balneária, os moradores foram caminhando até chegar à praça dos Borari, palco do festival deste ano, onde foi realizado o ritual do tarubá. A bebida é feita da massa ralada da mandioca, dissolvida em água e servida em cuias, foi distribuída entre os visitantes.
Dona Idelita Lopes ainda não conhecia a festa e se encantou com as apresentações que reproduzem as lendas indígenas. “Eu nunca tinha vindo, mas estou achando muito importante. Nunca provei, queria tomar o tarubá e é muito gostoso”, disse.
O festival também reúne e juventude de Alter do Chão, uma oportunidade para eles aprenderem sobre a história do lugar onde vivem.
“É uma história longa dos nossos antepassados. Gosto de ver as pessoas estarem representando a cultura de Alter do Chão, que está esquecida há muito tempo”, informou o administrador de Alter do Chão, Mauro Vasconcelos.
Na primeira noite do festival, ainda teve a apresentação da lenda da Yara. Tudo no ritmo mais paraense de todos, o carimbó.
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