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Empresário denuncia venda ilegal de carne nas feiras de Santarém

Venda de carne
Carnes são expostas sem qualquer critério de higiene e vendidas à população. Frutas expostas ao relento e produtos perecíveis sem refrigeração em freezer ou câmaras frigoríficas, como carne bovina, suína e caprina vendidas nas feiras e mercados de Santarém, viraram alvo de denúncia do empresário do ramo de turismo Raimundo Almeida. Em recente visita às feiras da Cohab e do Aeroporto Velho, o empresário diz que ficou estarrecido com o que viu, durante as vendas diretas ao consumidor santareno.

Raimundo Almeida afirma que faltam gerenciamento e gestão pública nas feiras e mercados, principalmente pelo fato de existirem inúmeras secretarias de governo, as quais deveriam tratar das vendas de carne bovina, suína, caprina, vísceras e peixes nas feiras e mercados, com fiscalização. A Vigilância Sanitária deveria fiscalizar essa venda.

Ele garante que existe uma lei que mostra que donos de açougue, feiras e supermercados só podem vender carne depois de passar pelo processo de resfriamento. Hoje, existem dezenas de bancas vendendo carne a céu aberto, nas feiras da Cohab e Aeroporto Velho.
“Os animais como carneiros, bodes e porcos são abatidos de forma artesanal nos quintais de algumas residências. Depois a carne é levada as feiras para ser vendida à população. Existem as bancadas dentro dos quintais, onde os comerciantes pelam porcos e tiram o couro de bodes e carneiros sem nenhuma higiene e em cima do chão”, denuncia o empresário.

Já nas feiras, de acordo com Raimundo Almeida, o produto pega poeira e chuva, onde na hora em que passa um carro perto da banca, o pneu joga lama na banca. Quem compra a carne, segundo ele, já leva contaminada para suas casas.

“A população corre risco de ser contaminada, porque está ingerindo alimento de péssima qualidade, o que pode adoecer a população. Espero que a Secretaria responsável pela fiscalização faça o seu papel, para cumprir a lei”, ressalta.

Raimundo Almeida
DOENÇAS: O empresário constatou diversos problemas na comercialização de alimentos, além da falta de fiscalização da Vigilância Sanitária do Município e da ausência de registro do Ministério do Abastecimento Pecuária e Agricultura (MAPA) nas mercadorias. O registro certifica a procedência dos gêneros alimentícios de origem animal. Os feirantes não utilizam luvas ou jalecos, manuseiam os produtos junto ao dinheiro, além de não possuírem freezers para o armazenamento correto da carne, deixando-a exposta sobre as bancas de madeiras. A venda de produtos nessas condições, segundo a Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), pode ocasionar diversos problemas de saúde, como tuberculose, brucelose, raiva, cisticercose, dentre outros.

CÓDIGO DE POSTURA: Raimundo Almeida destaca que existe o novo Código de Postura do Município e, que está sendo ajustado, mas ainda se percebe que há barreiras, por conta das pessoas estarem muito mal acostumadas. “Quem tem que fazer a mudança na nossa cidade são os moradores e é preciso que as pessoas tenham consciência. É preciso que o gestor público adiante o que a lei prevê e aplique multas, porque só assim o povo ficará educado”, aponta.

PONTOS CRÍTICOS: Os pontos mais críticos em Santarém, de acordo com Raimundo Almeida, são as feiras da Cohab e do Aeroporto Velho, onde além dos produtos são expostos sem nenhuma higiene, existe um monte de homens bêbados que dificultam o tráfego das pessoas às bancas de vendas.

“Existem pontos de venda de cachaça, onde ficam vândalos no meio da rua tirando as condições das pessoas trafegarem. Quando chove a situação piora, porque se o consumidor for olhar por onde pisa, corre o risco de se machucar em uma banca ou de abalroar em um bêbado”, afirma.

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