Carimbó e reunião de etnias indígenas abrem a II Mostra de Arte Indígena do Tapajós Mutak
A II Mostra de Arte Indígena do Tapajós Mutak - Mukameẽsawa Tapajowara Kitiwara iniciou na noite de quinta-feira (19), na praça Borari da Vila de Alter do Chão. O evento, organizado pelo Coletivo Surara doTapajós com apoio da Prefeitura de Santarém, por meio das Secretarias Municipais de Cultura (Semc) e Turismo (Semtur) tem como principal proposta reunir povos de várias etnias indígenas.
Na abertura, representantes dos 14 povos indígenas que habitam a região do Oeste do Pará, estiveram presentes em um ritual de união coreografado em uma grande roda. Foram eles: Apiaka, Arapiun, Arara Vermelha, Borari, Kara-Preta, Jaraki, Kumaruara, Munduruku, Maytapú, Sateré-Mawé, Tapajó, Tapuia, Tupinambá e Tupaiú. Houve ainda apresentação artística do grupo de carimbó "As Suraras".
A coordenadora da Mostra, Vandria Garcia Borari, destacou a essência do evento. "Na segunda edição, através desta união, queremos promover as ações que reconectam esses povos a sua ancestralidade contribuindo para o resgate da cultura e para a proteção da sua memória.
É importante para o firmamento da presença deles na região do Baixo Tapajós, e também para o combate contra a intolerância étnica e o preconceito racial. Além de mostrarem sua singularidade étnica", enfatizou.
A Secretaria Municipal de Cultura (Semc), foi representada por Clenildo Vasconcelos que reforçou o empenho da Prefeitura quanto a democratização da cultura, sempre a procura do diálogo juntos as representações dos diferentes segmentos artísticos culturais.
"A política pública do governo municipal está engajada em apoiar os segmentos culturais do município, principalmente objetivando a valorização, respeito e o fomento a cultura indígena ", destacou. Esteve presente ainda, o Secretário Municipal de Turismo, Diego Pinho.
A estudante do ensino médio da área urbana de Santarém, Mirela Ferreira, que estava presente no evento disse que a Mostra promove a vivacidade dos primeiros povos do Brasil enriquecendo o futuro. "Aqui vi muito sobre a tradição indígena, que são costumes tão vivos a nossa rotina e muitos desconhecem. É preciso dar visibilidade a esses povos. Nas barracas, eu fiquei encantada pelo artesanato de palha e degustei a saborosa culinária", disse.
Na tarde desta sexta-feira (20), haverá oficina audiovisual com Locca Faria que possui um vasto currículo neste segmento. É diretor de fotografia, fotógrafo, designer gráfico com experiências em capas de vinil / cds, filmes de longa metragem, documentários, comerciais, campanhas políticas, minisséries, especiais musicais, séries para TV aberta e TV a cabo em digital HD.
"Nós temos que mostrar a vivência dos povos da Amazônia, da forma mais simples possível. É muito importante para os nativos mostrar tudo isso ao mundo. O mundo está ligado na Amazônia. É fabulosa essa programação. A essência do povo brasileiro são as etnias indígenas, nós temos que preservá-las e ter consciência da importância dessa cultura. Todos nós brasileiros temos que preservar a cultura indígena e do negro, pois fazemos parte dessa miscigenação", explicou.
Faria está na Pérola do Tapajós para produzir, em parceria com algumas instituições, um filme sobre a importância da conservação da Amazônia a partir de um olhar científico e acadêmico.
A II Mostra de Arte Indígena do Tapajós Mutak irá ocorrer até domingo (22). Várias atividades estão programadas como exposição de artesanato, plantas medicinais, pintura, cestaria, arte plumária, grafismo, ervas, infusões, instrumentos musicais, arco e flecha, biojóia, entre outros. Haverá também trabalhos de cura, cultura alimentar, rituais sagrados, banhos, carimbó, danças, exposição de fotografia, e de áudio visual.
Confira a programação:
Sexta-feira (20/04)
9h - Exposição e venda de arte e iguarias indígenas
9h - Oficinas e vivência de carimbó
14h - Oficina de teçume de palha
14h - Oficina de audiovisual
18h - Filme indígena "Bruxa Xibé" (Alter do Chão)
19h - Projeção de fotografias e vídeos indígenas
20h - Ritual União dos povos
22h - Paulinho Borari e Taline Carajá
23h - Palco aberto para cantores locais
9h - Oficinas e vivência de carimbó
14h - Oficina de teçume de palha
14h - Oficina de audiovisual
18h - Filme indígena "Bruxa Xibé" (Alter do Chão)
19h - Projeção de fotografias e vídeos indígenas
20h - Ritual União dos povos
22h - Paulinho Borari e Taline Carajá
23h - Palco aberto para cantores locais
Sábado (21/04)
9h - Exposição e venda de arte e iguarias indígenas
9h - Oficina de sabonete medicinal
14h - Oficina de sabonete artesanal
14h - Oficina de audiovisual
18h - Filme indígena "Bruxa Xibé" (Alter do Chão)
19h - Projeção de fotografias e vídeos indígenas
20h - Maria Lídia
21h - Desfile da Cunhã e do Guerreiro MUTAK 2018
22h - Grupo Banzeiro de Carimbó
23h - Grupo Kuatá de Carimbó
00h - Palco aberto para cantores locais
9h - Oficina de sabonete medicinal
14h - Oficina de sabonete artesanal
14h - Oficina de audiovisual
18h - Filme indígena "Bruxa Xibé" (Alter do Chão)
19h - Projeção de fotografias e vídeos indígenas
20h - Maria Lídia
21h - Desfile da Cunhã e do Guerreiro MUTAK 2018
22h - Grupo Banzeiro de Carimbó
23h - Grupo Kuatá de Carimbó
00h - Palco aberto para cantores locais
Domingo (22/04)
09h - Exposição e venda de arte e iguarias indígenas
18h - Ritual de encerramento com banho de cheiro e dança do Macucauá
18h - Ritual de encerramento com banho de cheiro e dança do Macucauá
Fonte: Carimbó , II Mostra de Arte Indígena do Tapajós Mutak
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