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Funcionários ameaçam incendiar Colosso do Tapajós


Funcionários estão há três meses sem receber salários. Revoltados com o atraso em cerca de três meses de seus respectivos salários, funcionários do Consórcio União Paraense, responsável pelas obras de ampliação do Estádio Colosso do Tapajós, em Santarém, atearam fogo em madeira utilizada no serviço, na manhã de quinta-feira, 11, em Santarém, Oeste do Pará.

Os funcionários afirmaram que atearam fogo na madeira para protestar contra a falta de pagamento de seus salários, porém, não houve nada grave.

Uma equipe do 4º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) foi acionada e esteve no local verificando a propagação do fogo. Em poucos minutos o incêndio foi controlado. Depois de iniciado em março de 2013, os serviços de reforma e ampliação do Estádio Colosso do Tapajós já sofreram várias paralisações. A última delas aconteceu há cerca de um mês, logo após a realização das eleições de outubro deste ano.

A previsão de conclusão da obra, segundo a Secretaria de Estado de Obras Públicas do Pará (SEOP) seria dezembro de 2014, onde 35% já foram concluídas, de um total de investimento no valor de R$ 18.098.876,35 milhões. O projeto é executado pelo Consórcio União Paraense, com aporte financeiro sob a responsabilidade da SEOP.

Segundo informações repassadas pela engenheira Anny Taketomi, uma das responsáveis pela obra, o novo Colosso do Tapajós faz parte de um projeto moderno que segue normas preestabelecidas pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). “Estamos reformando e ampliando um estádio utilizado ininterruptamente desde 1987, ou seja, há 26 anos, e que não foi concluído. Assim, ele tem que, obrigatoriamente, seguir as normas internacionais vigentes, até porque vai ser um dos mais modernos não só do Estado, mas também do país. Estamos fazendo todas as adaptações que nos foram solicitadas”, explica.

A fase atual da construção do Colosso é de estruturação da base que vai receber a continuação da arquibancada. Atualmente, o espaço tem capacidade para receber 12 mil pessoas, que ainda se acomodam em arquibancadas de concreto, mas após a ampliação poderá receber até 25 mil pessoas sentadas em cadeiras numeradas em dois níveis de arquibancadas cobertas, capazes de oferecer mais conforto e segurança aos torcedores.

Além do aumento na capacidade de público, o Colosso do Tapajós ganhará novo centro de treinamento para atletas, vestiários, banheiros para o público, espaço para restaurantes, áreas para lanchonetes, novo sistema de iluminação, amplo estacionamento e elevador que servirá a pessoas com necessidades especiais, além de também servir para acesso à tribuna de honra e cabine de imprensa.

“Não poderíamos executar um projeto moderno sem levar em consideração a acessibilidade. Outro detalhe é o sistema de iluminação, hoje obsoleto. Atualmente, o estádio possui quatro torres de refletores, totalmente defasado. A Fifa exige que eles sejam acoplados à própria estrutura de cobertura. Implantaremos, no total, 72 refletores, 36 em cada lateral principal”, detalha Taketomi.

A engenheira também explica que o fosso que circula o campo deve ser eliminado. “A Fifa também exige que este antigo recurso de segurança, muito utilizado nas construções das décadas de 70 e 80, deve ser eliminado. Eles não vão ser retirados, até porque são fundamentais para o sistema de drenagem do campo. O que faremos é uma estrutura que cubra este espaço, pois o objetivo principal com a adaptação é evitar acidentes. Esta parte ainda está em fase de estudo, mas com certeza vai ser trabalhada da melhor forma possível”, reitera.

Por: Manoel Cardoso

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