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Em 2014, "aviso de privacidade" no Facebook continua sendo apenas um viral enganoso


Recentemente o Facebook anunciou um conjunto de mudanças em sua política de privacidade. Da mesma forma que chovem reclamações quando a rede social muda o layout, toda alteração nos termos de uso traz um textão-spell level 99 que promete blindá-lo contra os feitiços do Mago Zuckerberg, desde que você copie e cole as palavras mágicas em seu próprio perfil. Dessa vez não foi diferente – nem o textão, nem a completa ineficácia do mesmo.

Já em 2012, quando destrinchamos uma versão do “aviso de privacidade”, ele já era antigo. A nova pega carona nas mudanças que entram em vigor no dia 1º de janeiro de 2015 – você pode ler todas elas nesta página. O Facebook ficará, de fato, mais draconiano: ele passará a coletar dados de apps vinculados, como WhatsApp e Instagram, e saberá detalhes do seu smartphone, como nível da bateria, intensidade do sinal da operadora e sua localização. O app também usará seus check-ins para dar recomendações a você e seus amigos, e poderá mostrar um botão “Comprar” para ofertas exibidas dentro da própria rede social.

Mas o aviso de privacidade versão 2014 ignora tudo isso e foca apenas na propriedade dos dados que constam nos perfis. Com uma mudança: agora, em vez de citar uma lei obscura da legislação norte-americana, é embasado por artigos da Lei nº 9.279/96, nossa lei sobre propriedade industrial (?). E, claro, aquele tom ameaçador continua firme, no final: “Se você não publicou esta declaração pelo menos uma vez, estará tacitamente permitindo o uso de elementos como suas fotos, bem como a informação contida na atualização de seu perfil.”

Em uma coisa ele está certo: a anuência às novas regras é tácita. Só que ela não depende de copiar e colar um aviso em seu mural, mas sim do simples acesso ao Facebook a partir de 1º de janeiro. Entrou, concordou. É assim que a rede já funciona: ninguém te obriga a estar lá e, ao se cadastrar e mesmo depois disso o Facebook mostra os termos de uso a qualquer hora. Pior: ele mesmo admite que suas informações privadas são... bem, privadas. Resgatando um trecho do texto do Felipe, de 2012:

Então, não, colar o texto (veja na íntegra abaixo) não mudará nada. Se você discorda dos termos de uso do Facebook ou ficou incomodado com os novos poderes que ele ganhará a partir de janeiro, a única opção que realmente funciona é abandonar o serviço.

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O aviso:

Se você não publicou esta declaração pelo menos uma vez, estará tacitamente permitindo o uso de elementos como suas fotos, bem como a informação contida na atualização de seu perfil.

Fonte: msn

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imagem de uma pessoa em frente a tela no notebook com a logo do serviço balcão virtual. Ao lado a frase indicando que o serviço