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Transformação em notas musicais


Pela primeira vez na Amazônia, com o apoio da Mineração Rio do Norte, o projeto Orquestra Maré do Amanhã realiza apresentações culturais na operação e comunidades vizinhas do distrito de Porto Trombetas, em Oriximiná.

Melodias que vão desde as músicas clássicas de Bach, Beethoven, Mozart até o rock, MPB e canções regionais. É no compasso desses ritmos que o ProjetoOrquestra Maré do Amanhã, sediado no Complexo da Maré no Rio de Janeiro, chega pela primeira vez à Amazônia para apresentações culturais e também para compartilhar a transformação de vida de cerca de 4 mil crianças e adolescentes beneficiados pela iniciativa. O grupo, que conta com o patrocínio de uma das acionistas da Mineração Rio do Norte, a South 32, está no distrito de Porto Trombetas, no município de Oriximiná, para realizar concertos nas comunidades vizinhas ao projeto de bauxita da MRN.

A produção musical faz parte das comemorações dos 40 anos da mineradora, no Pará. Integrantes do Maré do Amanhã aproveitam o cenário da floresta amazônica, em particular as belezas naturais da Floresta Nacional de Saracá-Taquera, para gravar imagens para compor um clipe, que também terá imagens de uma das minas da empresa visitada pelos músicos. O grupo fez também uma apresentação especial para cerca de 15 operadores da MRN na área de lavra, que pararam por alguns momentos suas atividades para assistir à Orquestra. “Estamos muito felizes por celebrar os 40 anos da nossa empresa com um projeto que traz exemplo de superação, o talento incrível de muitos jovens e apresentações com música clássica, por vezes, tão difícil de se ver na região. Também é um momento de troca de conhecimento com grupos musicais locais e isso, com certeza, só enriquece a nossa cultura”, destaca Rachel Pessôa, Gerente de Comunicação da MRN.

O projeto trouxe para Porto Trombetas dez dos 40 músicos profissionais da orquestra. Carlos Eduardo Prazeres, fundador e diretor do Maré da Amanhã, relata que o grupo está encantado com a oportunidade. “É primeira vez que estão em plena floresta amazônica levando música clássica. Isso está sendo gostoso e mágico. Quando souberam que iam visitar comunidades quilombolas ficaram emocionados. Um dos nossos músicos comentou: quem diria que um dia eu estaria na Amazônia para fazer uma apresentação musical. A aventura começou pela viagem de barco pelo rio Tapajós até o rio Trombetas, que são lindos”, conta.

As apresentações do Maré do Amanhã ocorrem também neste sábado na Noite Cultural dos 40 anos da MRN, que será realizada no estacionamento do Centro Comunitário de Porto Trombetas, com mais três apresentações previstas nos municípios de Oriximiná, na Praça da Igreja da Matriz às 9 horas da manhã, e Óbidos, na Praça de Cultura às 20h30 no domingo (25) e em Santarém, na segunda (26), na orla da cidade, às 20h. O evento também terá a participação de atrações musicais das comunidades, como Grupo de Dança Parauara, Banda de Música de Terra Santa, Quadrilha Morumbi, Banda de Música de Faro e Banda Pará Pariu.

Integração local e multiplicação de sonhos

Para Creusarina da Conceição, gestora da escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na comunidade Moura, vizinha da MRN, trocar experiências entre os membros da orquestra e os jovens da escola foi um momento especial: “É uma honra poder receber a Orquestra da Maré na nossa comunidade e ver essa parceria que a MRN tem com as comunidades, mostrar nosso trabalho desenvolvido na escola e ter essa troca de conhecimento”, diz.

O sonho de fazer um projeto voltado para musicalização de crianças residentes nas comunidades do Complexo da Maré nasceu em 2010, com 24 adolescentes, que se tornariam no futuro multiplicadores, ensinando outros a tocar instrumentos, como violino, viola, violoncelo, flauta, contrabaixo e oboé. “Eles fizeram curso de música, com o método Suzuki, que utiliza a educação musical para enriquecer e melhorar a vida de estudantes. Depois disso, começamos a multiplicar, entrando nas pré-escolas da Maré. O grupo já tocou nos principais teatros do país e também no Vaticano, fazendo apresentação para o Papa Francisco”, comemora.

Para ele, a música tem o poder de transformar e a prova disso é o Maré do Amanhã. “Claro que nem todos vão se tornar músicos, mas nosso objetivo é fazer com que a música abra a mente para que crianças e adolescentes possam enxergar novos horizontes. Só pela educação e pela cultura é que se tem transformação. Eu estou vivenciando e vendo essa mudança na Maré”, declara. 


Fonte: Temple Comunicação

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