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Meningite, uma doença que pode levar à morte



Infectologista do HMS, Dr. Alisson Brandão, alerta sobre a prevenção

No período de chuva é importante dobrar os cuidados com a saúde. Um sintoma pode parecer simples e rapidamente evoluir para uma doença grave, como a meningite.

Somente em janeiro de 2019, foram registrados no Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) cinco casos suspeitos de meningite. Em 2018, foram 18 pacientes com suspeita da doença. Desses, nove foram confirmados através do exame; quatro não resistiram e morreram.

Segundo o infectologista do HMS, Dr. Alisson Brandão, meningite é uma inflamação das membranas que revestem o sistema nervoso central, conhecidas como “meninges”. “Os tipos de meningite podem ser classificados como viral, considerada a menos perigosa, é mais comum e não tem um tratamento específico; ou bacteriana, que é a mais grave e pode levar o paciente à morte. Ambas são contagiosas”, informou.

Como explica a responsável pelo setor de epidemiologia do HMS, Carina Rocha, o maior índice de pessoas com sintomas da doença acontece nos meses em que a incidência de chuva é maior. “O número de notificações do nosso setor aumenta nesse período. O paciente que tem o sintoma é atendido na urgência e emergência e encaminhado para o isolamento para que o infectologista inicie o procedimento clínico”, enfatizou.

O diagnóstico da meningite é feito através da observação clínica dos sintomas da doença e confirmado por meio de um exame chamado punção lombar. Uma pequena quantidade de líquido é retirada do canal vertebral. A cor desse líquido já indica se a meningite é bacteriana ou viral.

SINTOMAS E TRATAMENTO

Os principais sintomas da doença são dor de cabeça, febre, vômito em jato que não gera náusea, cansaço, fraqueza, sinais meníngeos como rigidez de nuca  e dor quando as pernas são levantadas.

Para prevenir é importante a aplicação das diferentes vacinas que fazem parte do Calendário de Vacinação do Ministério da Saúde. Elas podem ser encontradas em Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Além disso, deve-se evitar o contato com pessoas infectadas, sendo importante lavar bem as mãos, além de higienizar os alimentos. “Qualquer tipo de virose pode evoluir para uma meningite, caso haja contato com a saliva ou via respiratória de alguém infectado”, destacou o infectologista.

Fonte: RG 15/O Impacto e Natashia Santana

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