Aumento de casamentos por Skype alerta para pedidos de visto no EUA
Reportagem do 'New York Times' diz que imigração aumentará fiscalização. Casamentos pelo Skype aumentam cerca de 15% ao ano, diz empresa.
Casamentos on-line, usando os serviços Skype e Google+ Hangout, crescem a cada ano, permitindo que pessoas possam manter relacionamentos à distância. Entretanto, segundo reportagem do jornal "The New York Times", o recurso está sendo usado para garantir visto permanente dos Estados Unidos para imigrantes, o "green card".
Casar por meio do Skype é comum entre os militares norte-americanos que trabalham em bases fora do país. Muitos aceitam casar por meio da internet para não deixar suas namoradas - e agora esposas - sem os benefícios em caso de acidente ou de morte.
De acordo com a empresa "Proxy Marriage Now", especializada em casamentos à distância, o aumento de uniões por meio da internet cresce entre 12% e 15% anualmente. Todos os anos, 500 pessoas se casam on-line com ajuda da empresa.
Entretanto, a reportagem afirma que o método está se tornando popular entre as comunidades de imigrantes, que querem casar com as pessoas amadas que estão em seus respectivos países sem a necessidade de ter que pagar passagens aéreas.
Essa facilidade de casamentos, afirma o "The New York Times", facilita fraudes, dificultando o trabalho da imigração dos EUA para identificar casamentos de fachada, apenas para garantir o visto permanente no país. As autoridades disseram ao jornal que "não sabiam que isso estava acontecendo", mas que irão "reforçar a segurança ao aumentar a vigilância dos pedidos de vistos permanentes".
De acordo com Mohd A. Qayyoom, representante da comunidade islâmica em Nova York, diz que parou de ajudar em casamentos à distância. O motivo foi que muitas pessoas acabavam em depressão depois que seus maridos e esposas foram morar nos EUA após a união e eram abandonados pelo parceiro, já que o principal interesse de quem veio de longe era apenas conseguir o visto permanente.
Qualquer pessoa que tenta obter o visto permanente nos EUA por meio de casamento com um cidadão do país precisa passar por uma entrevista com o órgão de imigração americano. No caso de a esposa afirmar que se casou pela internet, o responsável pela entrevista certamente irá negar o pedido de visto, segundo o jornal. No entanto, não é feita uma pergunta específica sobre se a pessoa casou por meio da web.
A falta de uma entrevista mais completa, de acordo com o "New York Times" facilitou a entrada de mulheres nos Estados Unidos para trabalhar como prostitutas.
Com um aumento da fiscalização, a intenção é reduzir a entrada de pessoas que se casaram usando Skype e o Google+ Hangout nos EUA e evitar tráfico de pessoas.
Fonte: Estados Unidos
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