Barcarena entra na luta contra o Aedes aegypti
Poder público, forças armadas e empresas dos mais diversos segmentos estão na luta contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor das doencas dengue, zyka e chikungunya. Em Barcarena, nordeste do Pará, não poderia ser diferente. Desde sábado (23), uma equipe do programa Voluntários Albras e Hydro Alunorte está convocando as famílias da comunidade Vila Nova, situada a 20 quilômetros do município, para somar na campanha de luta contra o mosquito.
E o primeiro passo foi levar informações, com palestra educativa e distribuição de informativos. Também foram doadas sacolas plásticas para que os comunitários coletem, ao longo desta semana, copos, latas, garrafas, pneus, tampas e outros materiais que são jogados em quintais e nas ruas e que podem servir de depósito para as larvas do Aedes. A campanha encerra neste sábado (30), com um grande mutirão para arrecadar todo o material coletado, que será encaminhado à Secretaria de Infraestrutura de Barcarena que fará a destinação correta.
Vandro Furtado, presidente do Centro Comunitário de Vila Nova, ressaltou que a ação é bastante positiva e que toda comunidade deve participar. “Surgiram alguns casos de dengue na comunidade e sabemos que a doença é um problema nacional, por isso buscamos os parceiros, entre os quais estão os voluntários da Albras e da Hydro Alunorte, além da Prefeitura, para que juntos possamos trabalhar a conscientização da comunidade de que se trata de um problema de saúde pública e que é essencial que todos façam a sua parte”, afirmou.
A enfermeira Silvana Passos, coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Barcarena, destacou que é fundamental continuar batendo na principal tecla: a eliminação do mosquito. “Isso se faz com as medidas de prevenção, como não deixar água acumulada em casa, seja em pneus, baldes, vasilhas, caixa d’água e, também, não deixar o lixo domiciliar acumulado, que hoje é um dos principais vetores para surgirem focos do mosquito. O cumprimento dessas medidas, é um bem não só para a pessoa, mas para a comunidade toda”, explicou.
Edson Maciel, coordenador do programa Voluntários Albras e Hydro Alunorte, ressaltou que toda a campanha tem cunho educativo e pretende promover a mudança pela prática. “É preciso entender que qualquer material descartado de qualquer forma no meio ambiente, terá consequências ruins, direta ou indiretamente, para a pessoa. Entendemos que a melhor forma de atuar junto à comunidade é educá-la para uma consciência dos seus atos e de mudança de atitude”, frisou.
Hydro realiza ciclo de palestras sobre as endemias
No último dia 16 de janeiro, o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, anunciou a descoberta de um novo teste que garantirá um rápido diagnóstico da dengue, zika vírus ou chicungunya. O kit permitirá que o paciente seja encaminhado para o tratamento correto em menos tempo, porém a novidade só deve chegar nos postos de saúde e hospitais, no mês de dezembro. Até lá, é importante que o próprio paciente conheça melhor os sintomas das três doenças provocadas pelo mosquito Aedes Aegypti, que vem assustando a população brasileira. As campanhas de conscientização passaram a incluir a discussão da diferença entre as doenças, provocadas pelo mesmo mosquito transmissor e com sintomas bem parecidos.
Os sintomas parecidos podem confundir na hora de buscar o atendimento médico correto. A Hydro Alunorte promoveu em janeiro, por meio do seu programa Mais Saúde, palestras de sensibilização sobre o tema, com orientação específica de como identificar as doenças para os seus empregados, transformando eles também em agente multiplicadores dessas informações. Segundo Gilma Pompeu, enfermeira do trabalho que atua na empresa, é possível diferenciar observando os sintomas, como a febre.
“No Zika, a febre é baixa e presente, todo dia. Já na chikungunya, a febre é alta, mas nem todos os dias apresenta, quando ocorre é elevada. No caso da dengue, tem início alto, de imediato e é sempre presente”, ensinou.
A enfermeira ressalta também que é possível observar diferenças nas dores no corpo. “A dor mais intensa fica evidente no chikungunya, por isso, que a doença tem esse nome porque a dor é tão forte que a pessoa se curva”, explicou.
Para Silvana Passos, coordenadora de vigilância epidemiológica de Barcarena, que realizou as palestras na empresa durante a campanha, o diagnóstico deve ser confirmado sempre por um médico. “Somente o médico pode dar o diagnóstico final”, afirmou.
Fonte: Temple Comunicação
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