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Denúncia – Sistema viário do bairro Nova República pede socorro


Local já foi considerado bairro modelo de Santarém. Hoje está abandonado. Ônibus trafega com dificuldade na Avenida Tancredo Neves.

Localizado às proximidades da BR-163, na zona periférica de Santarém, oeste do Pará, o bairro da Nova República sofre com problemas no sistema viário. Quem trafega pelas principais ruas do bairro se depara com o retrato do descaso. Ruas esburacadas, mato e lama geram preocupação aos moradores.

O local já foi considerado bairro modelo de Santarém. Hoje, parte das vias não tem infraestrutura, principalmente esgoto, que fica a céu aberto, causando riscos para a saúde dos moradores, além de acidentes. Maria Gonçalves mora há 22 anos na Nova República. Sua casa fica na travessa 24, quase no cruzamento com a principal via, a Rua Tancredo Neves. Lá o esgoto aberto corta a rua, dificultando a passagem de veículos e pedestres. “Um dia meu sobrinho caiu da moto ao tentar passar e quase quebrou a perna, passou uma semana sem trabalhar”, lembra Maria Gonçalves.

Entre os pontos críticos, na Avenida Tancredo Neves, buracos dificultam o tráfego de veículos. Já nas travessas 20 e 21, lama, mato e areia bloqueiam as duas vias. Os moradores têm dificuldades para caminhar nessas referidas ruas.

“Isso nos leva à seguinte pergunta: Onde está o dinheiro dos nossos impostos? Se somos obrigados a pagar imposto quando colocamos uma simples banca de tacacá, por que não temos retorno dos órgãos públicos?”, questiona Maria Gonçalves.

A equipe do “Jornal O Impacto” acompanhou as dificuldades de um ônibus que mal conseguia trafegar na Avenida Tancredo Neves. Do mesmo modo se observou as dificuldades de outros condutores, ciclistas e até pedestres. “Todo ano é a mesma coisa. No verão ainda trabalhamos com um pouquinho de dignidade, mas no inverno todos os dias nos deparamos com esse tipo de situação. Já cheguei a sofrer problemas de saúde, principalmente na coluna, por conta das manobras que sou obrigado a fazer no ônibus, senão, quebro as peças do carro. Alguém tem de fazer alguma coisa. Nós trabalhadores e a população, não podemos passar por esse tipo de situação”, disparou o motorista Dorival Freitas.

O motorista atesta: “São anos nessa situação, e anos de promessas de autoridades políticas. Muita coisa já foi prometida, mas nada feito até agora. Eles só prometem e não fazem nada”, reclama Dorival.

VIA CRUCIS: No período chuvoso o problema se agrava. As ruas se alagam, pois faltam galerias. A moradora Maria Gonçalves conta que nessa época do ano as famílias da Nova República sofrem com casos de doenças causadas por falta de saneamento básico. Mais à frente, na Travessa 19, só se vê lama. As águas paradas na rua se misturam com o mato alto, além do esgoto a céu aberto. Mais riscos para transeuntes, principalmente à noite. O morador Raimundo Nogueira, vive há 28 anos no local. Sua casa de madeira parece uma palafita: é elevada como se morasse sobre um rio. E é assim, justamente porque a rua se transforma em um rio quando chove. As residências são sempre alagadas.

“Virou rotina sermos acordados no meio da madrugada, por causa dos problemas causados pelas chuvas. Já aconteceu aqui de socorrermos uma vizinha com um bebê, porque iam morrer afogados. A água da chuva invadiu bastante a residência dela e se elevou”, relata Raimundo Nogueira.

Por: Jefferson Miranda

Fonte: RG 15/O Impacto

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