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Quilombolas brasileiros vão aos Estados Unidos para tratar de questões raciais e de direitos humanos


Viagem promove importante debate, dando voz a uma minoria brasileira junto a organizações internacionais. 

Lideranças quilombolas brasileiras estão nos Estados Unidos até o dia 20 de outubro para um intercâmbio sociocultural, promovido pelo governo norte-americano a profissionais brasileiros que atuem nas área de educação, democracia, diversidade, jornalismo, empreendedorismo, defensores dos direitos humanos, entre outros. A viagem foi mediada pela Equipe de Conservação da Amazônia (ECAM) e pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que atualmente realizam trabalhos importantes de empoderamento dos povos tradicionais da floresta.

Embarcam para esse tour representantes da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), Sandra Braga (quilombo Mesquita - GO), Célia Pinto (quilombo Cururucu - MA) e José Carlos Galiza (quilombo Guajará Mirim - PA). Na agenda, uma visita à Washington, onde se encontrarão com representantes que defendem pautas de ativismo racial. Em tempos de tantos embates envolvendo as questões raciais na política brasileira, vão discutir assuntos como regularização fundiária, conflitos e ameaças (homicídios contra quilombolas) e proteção do meio ambiente.

Ainda em Washington, visitarão a Howard University, uma das universidades que mais formam profissionais negros nos Estados Unidos, nas mais diversas áreas de formação e tem como compromisso tácito oferecer oportunidades às minorias. Lá, devem ocorrer discussões de perspectivas acadêmicas da discriminação racial nas Américas. A comitiva ainda passará pelo Congresso Nacional dos Índios Americanos e pelo Museu Nacional de História e Cultura Afro-americana, onde se encontrarão com estudiosos e lideranças de movimentos étnicos.

“As lutas dos afroamericanos nos Estados Unidos é algo muito arraigado e forte no país, o que no Brasil acontece um pouco mais velado. A ida de representantes brasileiros dá voz não só a pessoas que sofrem por serem negras, mas carregam cicatrizes históricas de seus antepassados e o tempo todo precisam defender sua terra e suas raízes”, destaca Vasco Van Roosmalen, da Ecam.

LEGENDAS


Foto 1 - Na cidade de Boley, a historicall all-black town mais conhecida de Oklahoma. Nesta foto está a prefeita de Boley, na ponta lado direita, a historiadora local Henrietta Hicks, uma anciã e um morador da comunidade. Os moradores de Boley trocaram ideias com os quilombolas sobre formas de organização, sobre datas e eventos culturais, e estratégias para a manutenção das comunidades em atividade.


Foto 2 - Na cidade de Clearview, na Oklahoma African Educators Hall of Fame-OAAE. Clearview é uma das cidades históricas negras de Oklahoma "historically all black towns". A OAAE é uma espécie de associação local fundada para homenagear os educadores negros daquela cidade.  --- A organização de uma cidade negra reconhecida pelo estado tratou-se de algo novo para nós e os quilombolas, cabe uma pesquisa rápida para compreender melhor.


Foto 3 - Com Charles Trip, a reunião aconteceu no campus da Universidade de Tulsa. Charles Tripp é indígena da etnia Cherokee, possui três formações pela Universidade de Tulsa e atua como juiz distrital, procurador geral e promotor/defensor público em inúmeros tribunais indígenas.


Foto 4 - Em frete ao Capitólio, em Washington


Foto 5 – Em frente à Casa Branca


Foto 6 – No Lincoln Memorian, local onde Martin Luther King fez o discurso histórico "I Have a Dream"


Foto 7 - Com Alicione Amos do Anacostia Community Museum e a diretora do Museu, durante  reunião.  O Anacostia Museum trata-se de uma ótima experiência da mobilização social de um bairro negro norte-americano, o Smithsonian, que tem uma história incrível de superação das políticas de gentrificação através da união entre as pessoas do bairro para reclamar direitos a vida digna. Alcione é brasileira radicada nos EUA e há mais de 40 anos tem um trabalho muito interessante sobre os brasileiros ex-escravizados e seus descendentes que voltaram para a África.


Foto 8 - Com o professor Clarence Lusane, da Howard University, doutor em ciências políticas e especialista em políticas públicas para a população negra, relações internacionais pela perspectiva da raça e movimentos sociais. A Howard University é uma universidade criada pelos negros norte americanos para se especializarem e terem acesso à educação superior. Foi uma das primeiras universidades negras criadas nos EUA, em 1867.



Fonte: Quilombolas vão aos Estados Unidos

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