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Alunos paraenses aprendem a criar jogos com materiais recicláveis


Todos os anos, o Brasil perde R$5,7 bilhões ao não reciclar materiais plásticos. De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb), o país produz mais de 78,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano, e 13,5% deles são plásticos. Se esse material fosse reciclado, o montante somado poderia ser revertido para a economia do Estado.

Na intenção de formar adultos mais conscientes, duas professoras da escola SESI Ananindeua uniram as disciplinas de Educação Física e Artes para propor um projeto sustentável chamado “Recriando Jogos”. Dividido em três fases, o projeto consiste na “mobilização”, “aprender e ensinar” e “socialização. Os jogos são feitos com materiais recicláveis.


Durante a mobilização, os alunos conhecem o projeto, aprendem as regras, são separados em equipes e decidem qual tema vão abordar e os tipos de jogos que irão criar. Quando as brincadeiras ficam organizadas, os estudantes maiores de 11 anos precisam ensinar os avaliadores, que são alunos mais novos. Os avaliadores têm um período para esclarecer as regras dos jogos. Até que, por fim, na socialização, eles participam de rodízios das brincadeiras criadas.

A professora de Educação Física, Mayumi Kanzaki, explicou que além de ensinar as crianças a reutilizarem o lixo para diversão, também foi transmitido conhecimento sobre o papel social, ambiental e econômico da reciclagem para o país.

“A gente percebeu que ajudou muito os alunos, inclusive pelo ambiente que a gente está, porque nossa escola é sustentável. Isso facilita a compreensão deles do conceito do que é a sustentabilidade, inclusive para os pequenininhos porque eles podem fazer esses joguinhos em casa, com materiais que poderiam ser jogados fora”, argumenta Kanzaki.

No sétimo ano, Emily Vitória, 12 anos, participou do projeto e gostou muito. Ela contou que foi muito mais fácil aprender sobre sustentabilidade, porque foi de um jeito inovador. “Eu gostei muito desse projeto porque além de aprender, eu ensinei. Aprendi outros métodos de preservar e aprendi a reutilizar garrafas pets e outras coisas”, conta a adolescente.

Projeto homenageado

A iniciativa das professoras paraenses teve um retorno tão positivo que recebeu uma homenagem no 3º Encontro Nacional do Sistema Estruturado de Ensino da Rede SESI, no final de novembro, na capital brasileira.

O projeto “Recriando Jogos” estava entre 20 experiências de diferentes cidades do país que foram valorizados pelo Serviço Social da Indústria, porque para Sérgio Gotti, gerente-executivo de Educação do Departamento Nacional SESI, os professores da rede “têm um nível de formação que é superior ao nível de formação dos professores que atuam na rede pública, ou mesmo nas outras redes privadas. É um professor extremamente engajado que tem um uma qualidade de aproximação com o diretor da escola, e isso faz com que o professor tenha um trabalho diferenciado dentro da nossa rede”, afirma.

A professora Kanzaki reforça que, por ser uma escola sustentável, a ideia é continuar promovendo essas atividades lúdicas. Dessa forma, os alunos podem ter tarefas interdisciplinares, uma vez que outros professores podem ser envolver. “Isso daí não se abrange só em Educação Física e Artes. Esse é um projeto em que a gente pôde perceber que vários professores mostraram interesse e foram lá ajudar”, afirmou.

Por Sara Rodrigues

Fonte: Agência do Rádio Mais

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