PF prende vereador suspeito de envolvimento em fraude do defeso
Durante a operação a Operação Arapaima*, deflagrada na manhã desta quinta-feira (22), pela Polícia Federal em Belém, com o objetivo de desarticular uma quadrilha suspeita de cometer fraudes na concessão do benefício social de seguro defeso ao pescador artesanal, o vereador Raul Batista, de Belém, foi preso pelos federais, suspeito de fazer parte da organização criminosa que cometia os crimes. Estão sendo investigados servidores e intermediários ligados aos órgãos públicos responsáveis por essa concessão no estado do Pará.
Raul Batista também é pastor da Igreja Universal do Reino de Deus. Ele foi preso nesta manhã. O parlamentar prestou depoimento na sede da PF na capital e, após passar por exames de corpo delito no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, foi encaminhado para o sistema penitenciário.
Com investigações iniciadas em 29 de abril de 2014, a PF cumpre 17 mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e apreensão, em Belém, Ananindeua, Soure, Cametá, Santa Isabel e Altamira.
O delegado Gerson França informou que as investigações já duram mais de um ano, desde a gestão de Eduardo Lopes no Ministério da Pesca, que é do partido PRB, o mesmo do pastor Raul.
Foram investigadas a Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura do Pará, postos do Sistema Nacional de Emprego e agências da Caixa Econômica Federal.
As atividades ilícitas estariam voltadas notadamente para a concessão fraudulenta do benefício de seguro defeso do pescador artesanal a membros de colônias e outras entidades de pescadores no Estado do Pará, mediante a inserção de dados falsos no sistema de registro geral da pesca (RGP), possibilitando o cadastramento de pessoas que não apresentavam a qualidade de pescador artesanal, sendo identificados fortes indícios da prática dos crimes de estelionato majorado, corrupção passiva e ativa e inserção de dados falsos em sistemas de informação, além do crime de Associação Criminosa.
Os presos serão indiciados pelos crimes de estelionato, corrupção passiva e ativa, inserção de dados falsos em sistemas de informação, além do crime de Associação Criminosa.
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