Equipe da Sespa vai a Altamira ministrar oficina sobre saúde do idoso
Começa nesta terça-feira (20) a quinta edição da Oficina de Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa e Prevenção da Violência, que acontece até o próximo dia 22, no hotel Amazon Xingu, em Altamira. Cerca de 50 profissionais de Saúde de nível superior que atuam na atenção básica dos municípios abrangidos pelo 10º Centro Regional de Saúde participarão da programação, realizada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Saúde do Idoso, com o objetivo de discutir as políticas públicas voltadas da pessoa idosa. A meta é atingir, até meados de 2016, os 144 municípios paraenses com 400 profissionais capacitados.
Em Altamira, os facilitadores do treinamento serão os psicólogos Guilherme Mura e Glória Ferreira e o fisioterapeuta Rodolfo Gomes. As oficinas atendem o que é preconizado pela Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa e o próprio Estatuto do Idoso, que preconiza que a atenção básica deve estar preparada para atender esse segmento social. “A velhice não é um problema, mas significa que a pessoa chegou ao ápice do seu desenvolvimento e precisa, como qualquer cidadão, ser respeitada, ter seus direitos garantidos e ter políticas voltadas para sua condição peculiar”, afirma a coordenadora estadual de Saúde do Idoso, Valdinea Almeida.
Segundo o psicólogo e gerontólogo da Sespa, Guilherme Moura, a atenção básica deve estar preparada para atender esse segmento social. “Precisamos de profissionais capacitados para atender o idoso, e o Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional (IVCF) possibilita que qualquer pessoa da rede identifique através do instrumento e de testes para onde esse idoso deve ser direcionado para receber o tratamento certo”, explicou.
Para a prevenção da violência, tema contido na programação da oficina, se recomendará aos participantes maior empenho para a utilização da ficha de notificação. “Observamos a dificuldade das equipes em trabalhar com a violência contra o idoso e a ficha de notificação funciona como um levantamento primordial para identificar possíveis agressores. Então estamos mostrando ao profissional da saúde que isso também é um problema sério de saúde pública e que podemos intervir sem expor o idoso a um maior risco. Precisamos aprender a desconfiar, descobrir e intervir para garantir a saúde, qualidade e dignidades dos idosos”, disse Guilherme.
Para a coordenadora estadual de Saúde do Idoso, Valdinéa Almeida, a oficina é um movimento novo para atenção básica e traz à tona essa demanda reprimida. “É importante para os gestores municipais a conscientização da ampliação da atenção básica, os esforços na prevenção de doenças, na promoção de saúde e nas estratégias de atendimento” ressaltou.
Segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há mais de 20,6 milhões de pessoas idosas no país. No Pará, os dados da pesquisa correspondem a 308.853 habitantes entre 60 e 69 anos e outras 225.608 pessoas com mais de 70 anos, ambos residentes, na maioria, nas zonas urbanas dos municípios. Projeções mostram que em 2050 haverá duas vezes mais idosos do que crianças no Brasil.
Fonte: SESPA
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