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Sem tetos protestam em frente ao Fórum de Santarém

Manifestantes interditaram Avenida Mendonça Furtado, 
em frente ao Fórum de Justiça
Portando faixas e cartazes, sem tetos bloquearam Avenida Mendonça Furtado. Um grupo de moradores de uma área de invasão, localizada às margens da rodovia Fernando Guilhon, no bairro do Maracanã, iniciou por volta de 8h, desta terça-feira, 29, um protesto, em frente ao Fórum da Comarca de Santarém, na Avenida Mendonça Furtado, no bairro do Caranazal. Portando faixas e cartazes e com a utilização de um carro som, os sem tetos bloquearam por 30 minutos a Avenida Mendonça Furtado.

Eles reivindicam a posse de uma área de 200 metros, onde antes a ocupação foi iniciada pelo Movimento dos Trabalhadores em Luta por Moradia (MTLM), mas que também é requisitada pela empresa Sisa/ Salvação e pela Família Corrêa. Participou do movimento um grupo de moradores, entre adultos e crianças.

Crianças também participaram do protesto
De acordo com o coordenador do movimento, Jefferson Santos, o objetivo principal do protesto foi chamar atenção da sociedade, porque segundo ele, as famílias não estão ocupando uma área que é da Buriti, mas que estava ociosa há décadas. “Haja vista que o Juiz da 3º Vara Civil deu uma liminar, no ano passado, a favor dessa empresa, mas nós conseguimos documentos no Cartório de Registro de Imóveis e no Instituto de Terras do Pará (Iterpa), mostrando que essa área não é da Buriti, mas de políticos da Família Corrêa”, revela o líder dos sem tetos.

De acordo com Jefferson, o povo que participou do protesto, é que realmente precisa de um pedaço de chão, para morar e, que hoje, cerca de 600 famílias ocupam a área, que está sendo requisitada pela Buriti e a Família Corrêa. “Paramos o trânsito na Mendonça por meia hora, mas antes havíamos informado a Polícia Militar. Isso é para que a gente chame atenção da sociedade e do Juizado da 3ª Vara Civil, para que possamos ter um lugar para morar”, explicou Jeferson Santos, reforçando que as famílias estão ocupando uma área que não pertence a Buriti.

Manifestantes reivindicam área ociosa na Rodovia Fernando Guilhon
“Estamos ocupando uma terra que não é da Buriti, mas que estava ociosa, esperando especulação imobiliária por políticos santarenos e as autoridades faziam vistas grossas, faziam de conta que não viam aquela área. Esse povo que está aqui, é que precisa de um pedaço de chão pra morar”, finalizou Jefferson Santos.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Com relação à manifestação realizada, hoje pela manhã, em frente ao prédio do Fórum da Justiça Estadual, coordenada por um grupo de pessoas interessadas em uma área localizada às margens da Rodovia Fernando Gilhon e que cobrava celeridade na análise do processo referente à Reintegração de Posse, pela empresa Buriti, vimos a público esclarecer que o processo que trata do referido caso segue seu curso normal na 3ª Vara Cível e Empresarial de Santarém.

Informamos ainda, que os despachos judiciais são feitos obedecendo a prioridade em procedimentos, de acordo com o que prevê a lei. O processo em questão encontra-se no gabinete desde 20/08 e está em análise pela equipe técnica da Vara, devendo ter resposta dentro em breve.

Esta informação foi repassada à uma comissão de manifestantes, recebida em gabinete pelo juiz responsável. Reiteramos que a 3ª Vara Cível tem o maior interesse em deslindar, com celeridade, todos conflitos existentes em casos como esse que tramitam nesta Vara.

Santarém, 29 de setembro de 2015.

LAÉRCIO DE OLIVEIRA RAMOS
Juiz titular da 3ª Vara Cível e 
Empresarial de Santarém

Fonte: O Impacto

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