Bancários do Pará estão em greve por tempo indeterminado
Categoria no Estado adere ao movimento nacional e fecha as portas das agências. Os funcionários de bancos públicos e privados no Pará estão em greve por tempo indeterminado desde a zero hora desta terça-feira (30). A categoria acompanha o movimento grevista nacional, uma vez que o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não chegaram a um acordo com relação às reivindicacões dos profissionais. Ainda ontem à noite, os dirigentes do Sindicato dos Bancários do Pará e funcionários de bancos reuniram-se na sede da entidade. Eles referendaram a posição contrária do comando nacional sobre a proposta de reajuste salarial de 7,35%, apresentada no sábado.
Durante a greve, os caixas eletrônicos funcionarão e será mantido o serviço de compensação bancária, informou o Sindicato dos Bancários do Pará. Hoje pela manhã, os bancários terão movimentação de convencimento no corredor de bancos no centro de Belém: avenida Presidente Vargas e rua 15 de Novembro. Ainda não há informações sobre a quantidade de bancários que vão aderir à paralisação.
No Pará atuam 8.893 bancários. São 446 agências de quatro bancos públicos – Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Banpará e Caixa – e cinco privados – HSBC, Itaú, Bradesco, Santander e Safra. De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim, a categoria reivindica 12,5% de reajuste salarial; pagamento de três salários de bancário e mais parcela fixa de R$ 6.247,00 como Participação em Lucros e Resultados (PLR); contratação de mais bancários; abertura de agências; plano de cargos, carreiras e salários para toda a categoria; auxílio-educação – pagamento para graduação e pós; piso de R$ 2.979,25 (salário mínimo do Dieese em valores de junho); prevenção a assalto e sequestros em Belém e interior do Estado; vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional); combate a terceirizações; redução das tarifas bancárias para o público em geral; melhores condições de trabalho e garantia no emprego.
“Nós entregamos a pauta de reivindicações da categoria aos bancos no dia 11 de agosto. No dia 19 ocorreu a primeira negociação, mas até agora não houve acordo”, afirmou Rosalina Amorim. Ela disse que na semana passada houve negociação com o Banco da Amazônia e Banpará, mas as instituições decidiram seguir a posição da federação nacional.
PROCON
O Procon orientou, em nota divulgada ontem, os consumidores a continuarem pagando suas contas, o que pode ser feito pela internet, nos caixas eletrônicos, casas lotéricas, supermercados e agências dos Correios. “A greve é um risco previsto nas atividades de uma instituição financeira, mas se o consumidor tentou outras formas de pagamento e não obteve resultado não poderá arcar com eventuais prejuízos”, explicou a instituição.
A Fenaban ainda esclareceu que apenas 10% das operações bancárias são feitas por meio das agências. A internet representa a maior parcela, com 41% das transações, seguida pelos caixas eletrônicos, com 23%, conforme números correspondentes a 2013. Questionada sobre as reivindicações dos bancários, a Fenaban respondeu que “permanece confiante na manutenção das negociações para um desfecho do acordo coletivo”.
Fonte: Portal ORM
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