Pai e filho são absolvidos de homicídio
Por maioria de votos, os jurados da 10ª Vara Penal, da Comarca de Santarém, absolveram nesta terça-feira, 26/06, o biólogo Enoch Andrade da Silva, 61 anos, e seu filho, o comerciante Adrianny Gentilly Sousa da Silva, de 36 anos, da morte do auxiliar de mecânico Bruno Palheta dos Santos.
A promotora de Justiça Aline Janusa Teles Martins e os advogados Luis Alberto Mota Figueira e Felipe Martiniano de Almeida concordaram com a mesma tese, a de que os réus agiram em Legítima Defesa, convencendo a maioria dos jurados dessa tese. O juiz Gerson Marra Gomes presidiu a sessão e anunciou a sentença de Absolvição dos réus, que comemoram com seus familiares, presentes na plateia.
O crime ocorreu em 11/12/2006, quando a vítima era ex-inquilino de Enoch e tinha 24 anos e trabalhava numa empresa de táxi aéreo da cidade. Bruno estava em frente à residência da vítima que era, na rua Ponta Negra, bairro do Maracanã, sendo esta atingida - segundo laudo necroscópico - por um tiro de revólver calibre 38 que acertou a vítima no pulmão, tendo morte instantânea.
Imóvel da discórdia - o crime teria sido o desfecho de um desentendimento entre vítima e réus, por causa de um imóvel pertencente a Enoch que foi ocupado por Bruno, numa vila em frente a um motel na Rodovia Fernando Guilhon. Bruno, que morava com seu padastro Reginaldo nesta casa teria deixado o imóvel sem pagar a multa por rescisão contratual e sem pintá-lo antes de sair.
Segundo consta nos Autos, no dia anterior ao crime Enoch foi cobrar os pai e enteado e acabou discutindo com Reginaldo que teria jogado uma pedra em seu carro. Enoch saiu do local correndo e acabou derrubando Reginaldo ao chão. Após esse fato, Bruno teria ido à Farmácia Roberto na Fernando Guilhon, de propriedade da família de Enoch, e lá chegando o ameaçou de morte e após discutir com ele quebrou a porta de vidro da entrada da farmácia antes de sair do local.
Enoch e seus filhos Adriany e Eduardo Roberto foram até à casa de Bruno tirar satisfações. Enoch e Adriany saíram do carro e iniciaram uma discussão com Bruno, sendo que Adriany acabou tendo luta corporal com o mesmo, até encostá-lo numa parede, momento em que Enoch chegou e atirou em Bruno que morreu em seguida.
A previsão inicial era de que o júri se estendesse até quarta-feira, mas apenas três das sete testemunhas compareceram, o que diminuiu o tempo de debates. Uma das testemunhas, Washington de Jesus da Silva, não compareceu e o juiz tentou trazê-lo à sessão através de um dos oficiais, mas soube que ele se recusou a vir ao plenário. Foi aplicada multa de dois salários mínimos e ele ainda responderá a um inquérito na Polícia Civil, por desobediência.
O júri volta a se reunir na quinta-feira, quando será julgado Rodrigo Castro Xavier, acusado de tentar matar Glacy Jasmim Correa.
Fonte: TJEPA/J. Ninos
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