Prazo para apresentação de propostas para resgate de rebocador encerra nesta terça-feira
Bertolini busca fora do Brasil empresas que possam fazer o resgate da embarcação sem colocar em risco a vida da equipe envolvida na operação.
mpresas líderes mundiais de salvatagem, previamente consultadas pela Bertolini Transportes, têm até esta terça-feira (5) para apresentação de propostas técnicas com os métodos e os recursos necessários à operação de resgate do rebocador CXX, que afundou no Rio Amazonas, próximo ao município de Óbidos em 2 de agosto de 2017.
De acordo com informações da Bertolini, foram emitidos pedidos de proposta técnica para empresas mundiais apresentarem suas propostas que serão avaliadas até o dia 11, a fim de que os trâmites de ajuste e contratação sejam concluídos no máximo até o dia 15 de setembro.
“Trata-se de uma operação extremamente complexa, pois, envolve, inclusive, a segurança de muitas pessoas que serão utilizadas nesta operação. A mobilização das equipes e equipamentos para o local onde se encontra o empurrador ocorrerá na imediata sequência, bem como a respectivo encaminhamento para aprovação do plano de salvatagem junto à Capitania Fluvial”, informou a Bertolini por meio de nota.
O rebocador que afundou após bater no navio cargueiro Mercosul Santos, foi localizado a uma profundidade de aproximadamente 60 metros e distante mais de 15 quilômetros do local onde ocorreu o choque.
Com a informação concreta da localização e profundidade, os representantes das companhias de seguros fizeram contato com as empresas que prestam serviços de resgate em águas profundas e também com empresas que realizam trabalhos de mergulho em plataformas de petróleo, nas operações de óleo e gás, que são as mais especializadas no Brasil neste tipo de operação. Mas, de acordo com David Pockett, especialista em operações de salvamento e remoção, no Brasil, nenhuma empresa apresenta as condições ideais para a realização do resgate do rebocador.
No local do naufrágio, há condições que dificultam os trabalhos e exigem técnicos com alto nível de especialização e equipamentos especiais, em vista da inexistência de visibilidade nas águas, da profundidade na qual se encontra o empurrador e da força das águas (cerca de 4,5 nós). A correnteza e a falta de visibilidade são os principais desafios para o resgate. Há o risco de rompimento da embarcação no momento em que ela for içada.
David Pockett tem larga experiência em salvamentos em grandes projetos globais, tendo atuado no Reino Unido, Canadá, Israel, Malásia, como por exemplo, na remoção do navio Costa Concórdia na Itália.
Sobre o naufrágio
No dia 2 de agosto, por volta das 4h30min, no Rio Amazonas, nas proximidades da Cidade de Óbidos (Pará), ocorreu o acidente entre um navio carregado com contêineres e um comboio formado por um empurrador e nove balsas da Transportes Bertolini que estavam carregadas com milho, proveniente de Porto Velho e destinada às Cidades de Santarém e de Barcarena (Pará).
Houve naufrágio do empurrador. Da tripulação de 11 pessoas, dois tripulantes (César da Silva e Euclinger Silva Costa) foram resgatados e os demais encontram-se desaparecidos.
Fonte: Santarém, Óbidos
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