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Bateu a cabeça? Aprenda o que fazer em casos de concussão

Bateu a cabeça?

Apesar de parecerem simples, concussões podem representar problemas mais graves do que você imagina. Aprenda o que fazer nesses casos.

São Paulo, SP (setembro de 2017) – A cena é clássica: alguém esquece a porta do armário da cozinha aberta e topa com ela ao se levantar. Ou o filho tropeça, cai e bate a cabeça contra um móvel. Qual a reação mais comum? Esfregar o local, exclamar que não foi nada e seguir com a rotina. Mas será que não foi nada mesmo? Esses episódios, na maioria das vezes, não são levados a sério, mas, em alguns casos, a avaliação médica é determinante para evitar complicações.

Dados da Associação Brasileira de Traumatismo Crânio Encefálico (ABTCE) registram 1,1 milhão de traumas desse tipo por ano, sendo que cerca de 40% deles são moderados ou graves. “O principal parâmetro para levar uma pessoa ao pronto-socorro é observar eventuais alterações no nível de consciência de quem sofreu a pancada. Tontura, dor de cabeça, vertigem, apatia e confusão mental são sinais de que é preciso procurar ajuda”, alerta Renato Anghinah, coordenador do Núcleo de Neurologia do Hospital Samaritano Higienópolis (São Paulo).

O médico complementa que, quando uma criança se machuca dessa forma, é esperado que ela chore, fique nervosa e, consequentemente, cansada, querendo dormir. “O importante é avaliar se ela está agindo como faria em seu estado normal. No entanto, como é difícil para os pais fazerem essa avaliação, o ideal é levar a criança ao hospital, sobretudo se ela estiver abatida, com uma reação não habitual a estímulos sonoros e visuais”, completa.

O bom senso também é válido. Se uma criança pequena cai da própria altura, provavelmente o trauma será menor do que se a queda ocorrer de um local mais alto, como um beliche. Na dúvida, vale uma ida ao hospital, onde os médicos normalmente solicitam um exame de tomografia em busca de indícios de lesão, inchaço ou sangramento. Mesmo que o resultado dê negativo, eles podem complementar com uma ressonância magnética, que fornece informações mais detalhadas das condições do cérebro. Porém, a avaliação clínica é que determina a necessidade de observação por mais tempo no hospital, independentemente dos resultados de imagem.

Outra circunstância que exige atenção são os acidentes de carro. “Mesmo que não ocorra um impacto diretamente na cabeça, a desaceleração brusca é capaz de afetar as células nervosas. O mesmo vale para traumas repetitivos, como no caso de lutadores e outras atividades que promovem batidas subsequentes na cabeça. Não à toa, nos Estados Unidos, é proibido cabecear a bola na prática do futebol antes dos 14 anos de idade”, afirma Anghinah.

Agora que você já sabe o que fazer diante de um episódio desses, que tal conhecer algumas medidas de prevenção de concussões? Veja só como é possível minimizar bem os riscos:

• Evite sacudir crianças pequenas ou jogá-las para cima, mesmo que seja por brincadeira;
• Carregá-las na sua bicicleta pode ser perigoso. O melhor é que ela vá pedalando em sua própria bike, ao seu lado. E sempre com capacete!;
• Atenção aos parquinhos. Oriente seu filho a não passar na frente ou atrás de uma criança que esteja em um balanço. Dê preferência a playgrounds com piso emborrachado. Note se o escorregador tem proteção lateral, na parte mais alta, e redobre a atenção no gira-gira.



Fonte: Camilla Cremacio - Relações com a Imprensa Hospitalar

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