Fapespa lança publicação sobre sustentabilidade nos munícipios produtores de energia
A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa) lança nesta segunda-feira, 13, em Altamira, o estudo o "Barômetro da Sustentabilidade dos Municípios Produtores de Energia e com Potencial Hidrelétrico no Estado do Pará". A publicação, que contém uma análise do bem estar social e ambiental dos dez municípios paraenses geradores de energia no estado, será apresentada a cidadãos, à comunidade acadêmica e a gestores públicos, no Centro Empresarial de Altamira, às 19h, durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico.
O estudo traz um mapeamento dos níveis de sustentabilidade dos municípios de Altamira, Almeirim, Itaituba, Marabá, Oriximiná, Palestina do Pará, Senador José Porfírio, Trairão, Tucuruí e Vitória do Xingu, e tem como objetivo contribuir na implementação, avaliação e monitoramento de ações direcionadas ao desenvolvimento sustentável dessas localidades, por meio dos gestores públicos e do setor privado, em consonância com a comunidade científica e a população.
Barômetro
O Barômetro da Sustentabilidade é uma metodologia que já foi aplicada em mais de 135 países para o monitoramento das condições humanas e ecológicas, relacionadas ao desenvolvimento sustentável. Dentre os diversos indicadores analisados, estiveram saúde, saneamento, educação e utilização de recursos. De acordo com o presidente da Fundação, Eduardo Costa, o Pará abriga um conjunto de investimentos em infraestrutura e logística, sendo boa parte deles advindo da construção de barragens e hidrelétricas, que promovem mudanças na dinâmica econômica, demográfica, social e ambiental.
“Estas mudanças precisam ser medidas para que o Estado possa programar políticas públicas mais efetivas, por isso o Barômetro da Sustentabilidade apresenta-se como mecanismo de análise dos impactos desses empreendimentos, mas, acima de tudo, como elemento que procura traçar a radiografia desses municípios para que o poder público possa projetar políticas públicas a fim de promover a melhoria da qualidade de vida da população do entorno desses projetos”, explica Eduardo.
A pesquisa apresenta os níveis “insustentável”, “potencialmente insustentável”, “intermediário”, “potencialmente sustentável” e “sustentável” para classificar as cidades. Almeirim, localizada no Baixo Amazonas, alcançou o grau “potencialmente sustentável”, em relação ao bem-estar ambiental. Para a diretora de Estudos e Pesquisas Ambientais da Fapespa, Andrea Coelho, o desafio agora é priorizar ações governamentais nos municípios analisados para alcançar parâmetros aceitáveis de sustentabilidade. “A meta é unir as esferas municipal e estadual na articulação de políticas e programas nas áreas mais sensíveis como saúde, educação, segurança e meio ambiente”, finaliza a diretora.
Contexto
Em relação às demais unidades da Federação, o estado do Pará se destaca por concentrar 42.325 megawatts (MW), o que equivale 27,29% do potencial hidrelétrico total do país, que é de 247.242,35 MW. Nas próximas décadas, com a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que possui potencial instalado para gerar 11.233 MW, e outros empreendimentos previstos - como os que formam o complexo UHE do Tapajós -, esse potencial energético do estado tende a ser muito mais aproveitado. Para isso, é necessário observar ainda as transformações nas áreas onde esses projetos são implantados, que é o objetivo do estudo.
Fonte: FAPESPA
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