Homens exercitam espírito comunitário em ações de voluntariado
Segundo estudo realizado pelo Instituto Datafolha, 51% das pessoas que prestam serviço de voluntariado são homens.
Quando se pensa no setor industrial, uma das primeiras imagens que vem à mente são homens trabalhando em equipamentos pesados. Mas esse cotidiano tem ganhado uma leveza especial: a prática do voluntariado. E no mês em que se comemora o Dia do Homem, eles dão o exemplo de que ajudar o próximo faz bem. Muitos deles integram grupos nas empresas que realizam ações voluntárias nas escolas e comunidades. O Instituto Datafolha entrevistou mais de dois mil brasileiros em 135 municípios, e identificou que 51% das pessoas que fazem trabalhos de voluntariado são homens. Nesse estudo também foram analisadas a disposição em praticar esse tipo de ação, a motivação da atuação e onde buscam informações sobre as práticas.
O operador ferroviário Romário Santos, poderia fazer parte dessa estatística. Há mais de três anos trabalhando na Alcoa Juruti, unidade que opera mina bauxita no oeste paraense, ele faz parte do ACTION, programa de voluntariado formado por grupos de funcionários da empresa para a realização de atividades comunitárias em instituições das zonas urbana e rural. “Desde 2003, trabalho com ações voluntárias, especialmente, na parte de preservação ambiental e combate ao desperdício de água. Quando cheguei à Alcoa fiquei feliz por poder continuar, de forma ampliada, o voluntariado. Já trabalhei em reformas e pinturas nas escolas e em diversas atividades educativas”, comenta.
Mesmo seguindo jornada de turnos, ele fica atento ao calendário do ACTION e torce para que no dia da ação seja o seu dia de folga. “Gosto de ajudar o próximo. Incentivo às pessoas a participarem do voluntariado dentro da empresa para que se engajem nas ações e façam com o amor. Vale a pena ajudar e doar um pouquinho da gente para o próximo. Não é tempo perdido, é prazer. E a maior recompensa é o sorriso das pessoas que ajudamos”, declara.
O estudo também aponta que pessoas voluntárias se sentem melhor quando desenvolvem esse tipo de habilidade. O colaborador Fábio Lima, da Alubar, fabricante de vergalhões de liga de cabos elétricos de alumínio, acredita que doando um pouco de tempo durante a semana é possível realizar um belo trabalho em prol da sociedade. Há um ano, ele leva o tênis de mesa até crianças e adolescentes de Barcarena, que aproveitam a prática esportiva para conhecerem técnicas e valores que só o esporte proporciona. “Comecei a jogar com meu filho e desde então percebi que poderia fazer isso com outros jovens. Os 15 adolescentes do projeto treinam três vezes na semana”, comenta o operador de máquina.
O importante nessas ações é o valor humanitário que transborda de certa forma em cada pessoa de forma diferenciada. E incentivando os empregados a praticarem o voluntariado, a Alumínio Brasileiro S/A (Albras) e a Hydro Alunorte desenvolvem um programa de voluntários, marcado por diversas ações educacionais, ambientais e sociais. Ivan Souza, líder de logística portuária da Albras, afirma que a ação que mais gosta é a de distribuição de água no Círio de Nazaré: “Acho que fazer trabalho voluntário só depende da gente. Eu trabalho no porto e os horários dos navios aqui variam bastante, então sempre que eu tenho tempo eu procuro e participo”. Ivan está na Albras desde que a empresa iniciou suas operações no Pará, ou seja, há 30 anos, e realiza trabalho voluntário há dez. “A necessidade das pessoas é o que me motiva a participar. Eu gosto de fazer isso pelas pessoas. Poder fazer isso através das oportunidades que a empresa oferece facilita ainda mais”, ressalta.
Fonte: Temple Comunicação
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