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Agricultura familiar continuará crescendo gerando emprego e renda


A partir de 2013 agricultores familiares recebem incentivo de programas e instituições públicas das mais variadas formas.

Em 28 de julho de 1960 o então presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, instituiu o Dia do Agricultor, comemorado até hoje em todo o Brasil. Este mês, o estudo “Análise e Planejamento Territorial - Projeções e Estratégias para a Agricultura Familiar Brasileira”, apresentado em Brasília (DF), pelo Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (Nead/MDA), apontou que a agricultura familiar continuará crescendo nos próximos 10 anos no país.

Nesse tipo de trabalho, são os agricultores familiares que dirigem o processo produtivo, dando ênfase na diversificação e utilizando o trabalho familiar, eventualmente complementado pelo trabalho assalariado. A produção que resulta da agricultura familiar se destina basicamente para as populações urbanas locais, o que é essencial para a segurança alimentar e nutricional.

Responsável por mais de 4,3 milhões de unidades produtivas - que correspondem a 84% do número de estabelecimentos rurais do Brasil - a agricultura familiar comemora um ano de grandes resultados. Desde 2013, o setor, que responde por 38% do Valor Bruto da Produção Agropecuária e por 74,4% da ocupação de pessoal no meio rural (cerca de 12,3 milhões de pessoas), tem recorde histórico no volume de contratação de crédito no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Além do Pronaf, há diversas outras formas de incentivo aos agricultores. Na região rural do município de Barcarena, por exemplo, 1.650 trabalhadores já foram beneficiados pelo Programa de Agricultura Familiar Mecanizada (Pafam), realizado pela Alumínio Brasileiro S.A. (Albras), uma iniciativa que vem transformando a realidade de homens e mulheres das comunidades rurais do município. O programa tem parceria para assistência técnica com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e com a Secretaria Municipal de Agricultura de Barcarena.


Raimundo Lima Ferreira, 47, mora na Comunidade Santa Cecília, na PA 151, e é um dos agricultores integrantes do Pafam. O programa oferece capacitação para o comércio, e Raimundo aprendeu a vender da forma correta os seus produtos. Cursos foram ofertados em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Embrapa, Emater e Consulado do Japão. O produtor adquiriu técnicas de venda, produção e beneficiamento, o que ele classifica como uma grande contribuição para a sua vida. “A renda da minha família melhorou bastante. Hoje, em torno de 40% do que a gente produz é comercializado na Albras e na Hydro Alunorte e os outros 60% é vendido para o mercado de Abaetetuba e Barcarena”, explica.

Atualmente três comunidades rurais são atendidas pelo Pafam, recebendo orientação técnica. A Albras disponibiliza uma patrulha mecanizada aos agricultores para que eles não utilizem técnicas rudimentares no solo, como as queimadas. Os trabalhadores cultivam, entre outros produtos, mandioca, feijão, milho e frutas, com foco na sustentabilidade. A produção atende ao consumo próprio da comunidade e o excedente é comercializado na região. Além disso, a Albras e a Hydro Alunorte abrem as suas portas uma vez por semana para que os agricultores vendam o que cultivaram diretamente aos empregados. “Os espaços das empresas são dois novos canais de comercialização que foram oferecidos aos agricultores para que eles melhorem a sua renda. A feira na Hydro Alunorte ocorre toda quinta-feirae na Albras, é realizada às sextas-feiras,”, explica o engenheiro agrônomo do programa, Deivison Pinheiro.

O agricultor da Comunidade do Cruzeiro Alexandre Nascimento Lima, 42, também comemora os resultados que vem obtendo com a participação no Pafam: “melhorou muito a condição de trabalho da gente e também a nossa renda. O trabalhador do campo precisa inicialmente de apoios como esse, para depois começar a produzir sozinho”, avalia.

Na opinião de Edson Maciel, analista da Albras, que acompanha o programa, os agricultores obtiveram um dos melhores resultados na última safra. Segundo ele, houve um aumento considerável na geração de renda. “Desde o ano passado vinha sendo feito um trabalho pela assistência técnica com introdução da adubação orgânica, com resíduos. Tivemos a elevação da renda como resultado e isso, para a equipe, é muito importante, pois mostra uma evolução”, comemora Edson. Deivison reforça que “a utilização da adubação correta ajudou a melhorar o PH do solo, tirando a acidez da terra”, orienta o engenheiro.

Fonte: Temple Comunicão

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