Deputado volta a criticar “importação” de médicos sem o revalida
Nélio Aguiar
Nélio Aguiar defendeu implantação de PCCR para médicos brasileiros. Continua gerando polêmica na Assembleia Legislativa do Estádio do Pará (Alepa) a intenção do Governo brasileiro de “importar” médicos para suprir regiões com déficit em atendimento de saúde.
Na quarta-feira (22), o deputado Nélio Aguiar (PMN) disse que a medida paliativa de importar médicos não resolverá o problema crônico da saúde em todo o país “É necessária a revalidação de diploma, exigência para o exercício pleno da medicina no Brasil, pois só a presença do médico não resolverá o problema. A população precisa também de exames e profissionais especializados, como por exemplo, no pré-natal onde a mulher precisa de pelo menos duas ultrassonografias e as pacientes esperam na fila do SUS pela marcação”, defendeu o parlamentar.
No último Revalida em 2012, exame para que profissionais formados no exterior passem por uma avaliação antes de validar o diploma no Brasil, apenas 77 dos 884 médicos que prestaram a prova foram aprovados.
Nélio Aguiar voltou a defender a abertura de novas vagas nas universidades públicas na região Norte e Nordeste e a implantação de Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) para os médicos. “Não há em nenhum nível administrativo PCCR para os médicos brasileiros, seja nos municípios, no Estado ou em nível Federal, então, isso prejudica muito a atuação do médico, principalmente no interior do Estado, onde os contratos são precários e basta mudarem os prefeitos e os profissionais são demitidos”, disse.
Nélio criticou, ainda, o conflito de interesses existente no atual modelo do SUS entre a iniciativa pública e privada. “Com a implantação de uma rede própria de atendimento e do PCCR, um plano de carreira, com estabilidade, férias remunerada, décimo terceiro salário e aposentadoria integral, seria possível garantir a atuação do profissional de saúde em todos os municípios, cobrando a dedicação exclusiva do profissional ao Sistema Único de Saúde –SUS”, detalhou.
Fonte: O Impacto
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