Breaking News

'Call of Duty: Ghosts' usa tecnologia de filmes no Xbox One



G1 teve acesso ao novo jogo da Activision com exclusividade. Missões trazem muita ação; personagens e armas têm muitos detalhes.

Para a Activision, a série "Call of Duty" não deve desaparecer tão cedo. Mesmo sofrendo com o desgaste comum de uma franquia lançada ano a ano, os US$ 500 milhões nas primeiras horas de venda de "Call of Duty: Black Ops II", sem contar com o faturamento bilionário de toda a série, torna obrigatório um novo jogo. O mais recente game, anunciado em 1º de maio é "Call of Duty: Ghosts".

A própria empresa reconhece que na atual geração de videogames a série não tem muito como evoluir tanto em termos de gráfico quanto em termos de jogabilidade. Talvez, por isso, a Activision tenha sido uma das produtoras a pressionar Sony e Microsoft a lançar os videogames da nova geração - o PlayStation 4 e o Xbox One - ainda em 2013. Apenas assim para conseguir fazer a série evoluir, começando por "Call of Duty: Ghosts".

O game tem previsão de lançamento para o dia 5 de novembro de 2013 nos EUA.


O G1 teve acesso à apresentação do game para Xbox One em 15 de maio, em evento da Activision que antecede a feira de games Electronic Entertainment Expo (E3). Não foi permitido filmar ou fotografar o evento.

De acordo com Mark Rubin, presidente do estúdio Infinity Ward, que desenvolve a série, para a nova geração de videogames, o novo "Call of Duty" traz um novo mundo, novas experiências de jogo - mais realistas, segundo ele mesmo - e um novo motor gráfico e de física, criando algo inédito nos games de tiro em primeira pessoa, em que o jogador acompanha a ação do ponto de vista do personagem.

"'Call of Duty: Ghosts' traz inovações que nenhum outro jogo da série trouxe. Por conta disso, não podíamos criar a sequência de 'Modern Warfare 3'. Tínhamos que ter um novo nome", disse Rubin.

No game, o jogador faz parte de uma equipe de elite que deve enfrentar uma batalha após um ataque devastar as forças dos Estados Unidos. O roteiro foi escrito por Stephen Gaghan, roteirista de "Traffic".

Visual de nova geração


Para o novo "Call of Duty", a Activision está usando um novo motor gráfico, aproveitando o poder de processamento dos novos videogames, que permite a criação de personagens, armas, acessórios e ambientes mais próximos da realidade, com detalhes que não eram possíveis na atual geração de videogames.

"Nosso objetivo é usar esta nova tecnologia para trazer maior imersão do jogador com o game, conseguindo colocar este jogador dentro da história", contou Rubin. "Para isso, precisávamos ter gráficos com maior qualidade, proporcionados pelos novos consoles".

A demonstração de "Call of Duty: Ghosts" mostrou o game rodando em tempo real, ou seja, com um produtor jogando o título ao vivo. A Activision disse que o jogo estava em um PC com configurações semelhantes ao do Xbox One e do PlayStation 4. Foi apresentada uma área de selva, que permitiu visualizar os novos recursos gráficos de iluminação, de construção de cenários com uma quantidade muito superior de elementos e detalhes, das armas, além de uma parte de uma das fases do jogo que se passa embaixo da água, em que o jogador deve destruir um submarino inimigo.

O game roda a 60 quadros por segundo.


Cenas apresentadas em um vídeo ainda mostraram combates em uma cidade, com muitos prédios, veículos, placas luminosas e destroços, mas este ambiente não apareceu na demonstração.

Para a construção dos personagens, o novo motor gráfico usa texturas de alta definição. Isso permite que os rostos apresentem  as imperfeições da pele humana, pêlos, sinais, cicatrizes, marcas de expressão e rugas. A movimentação dos músculos faciais trazem expressões de felicidade, tristeza, dor, permitindo que os personagens demonstrem emoção dependendo do momento do game ou do diálogo. Há, também, melhora na sincronia labial dos heróis e o brilho no olho os torna mais "humanos". O resultado final lembra animações feitas por computador e efeitos especiais de filmes, mas são gerados em tempo real pelos novos videogames.

A Activision já tinha demonstrado esta tecnologia facial no evento Game Developers Conference, que ocorreu em San Francisco, em março. Assista ao vídeo abaixo.


O estúdio Infinity Ward conta que utiliza o mesmo sistema de captura usado em filmes como "Avatar", "O Hobitt" e outros. Isso faz com que as expressões dos atores sejam mapeadas e reproduzidas dentro de "Call of Duty: Ghosts" e o mesmo vale para os movimentos do corpo.
Como o game é de tiro em primeira pessoa, o jogador passa o game inteiro observando a arma e a mão do personagem. No game para a nova geração, a tecnologia usada para criar este visual cria um armamento fotorrealista, com direito a detalhes de parafusos enferrujados e arranhões na parte metálica do armamento.


A técnica de "tesselação" permitiu que a mira fosse arredondada à perfeição. Esta técnica aumenta em tempo real o número de polígonos dos elementos, o que permitiu que as armas, mas também pedras, montanhas e a vegetação ficasse mais arredondada e, por conta disso, mais próxima da realidade.

De acordo com a Activision, a geração atual não permite este tipo de técnica. Prova disso é que em jogos como "Call of Duty", quando o jogador aproxima a mira para ter maior precisão dos tiros, há um desfoque da câmera, justamente para esconder este tipo de "defeito".

Entretanto, ao mostrar a beira de um rio, a Infinity Ward apresentou uma técnica que usa a textura plana - no caso cascalho - e usa "tesselação" para dar volume aos pedregulhos. Pelo menos na demosntração, não funcionou muito bem, dando uma sensação de algo falso.

O mesmo não se aplica à iluminação. A luz tem um bom efeito ao passar por folhas de árvores, criando sombras detalhadas. A fumaça do ambiente também impede a passagem da luz, como acontece na vida real.

O braço e a mão do personagem apresentam mais detalhes. Há pêlos, cicatrizes, ferimentos e até a sujeira embaixo das unhas. Ao atirar, contudo, a mão parecia robótica, como nos videogames antigos. Isso deve mudar até a versão final, disse um dos produtores durante a apresentação.

No final, "Call of Duty: Ghosts" para a nova geração mostra o salto visual gráfico, mas ainda parece ficar abaixo do que se esperava para um jogo do Xbox One ou do PlayStation 4.


Modo multijogador

Pela primeira vez na série, os mapas do modo multijogador, serão dinâmicos e mudarão em tempo real. Um terremoto ou uma explosão pode bloquear um caminho e até matar um jogador.

Os jogadores também poderão criar seus próprios personagens, escolher roupas, rostos e equipamentos.

Entretanto, estes elementos do modo multijogador foram apenas apresentados no palco e não demonstrados ao vivo.

Mais informações sobre o jogo serão reveladas na feira Electronic Entertainment Expo (E3), que ocorre entre os dias 11 e 13 de junho em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Fonte: Activision

Nenhum comentário

imagem de uma pessoa em frente a tela no notebook com a logo do serviço balcão virtual. Ao lado a frase indicando que o serviço