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Eleições: Tipos de candidatos

Por: David Marinho*


Nesta eleição, é grande a lista de candidatos se oferecendo para o “emprego político” de deputados, governadores e senadores bem pagos, e que lhes darão ainda “status” social e vida mansa por vários anos, principalmente para aqueles que se elegeram vereadores, não fizeram nada como tais e já estão usando o cargo como trampolim para outros mais altos e rirem da nossa cara. Mas, assim como temos vários tipos de eleitores, temos o outro lado da “moeda política”, os “tipos de candidatos”, pois um não existe sem o outro; como se fosse presa e predador, ou caça e caçador! Ou seja, um é o explorado e outro o explorador. O que desvirtua a boa política na forma dinâmica e sadia de se usar a “ciência política” como ferramenta no processo democrático e interativo dos povos civilizados na busca do seu desenvolvimento humano e do bem comum em sociedade. 

Aqui apresentamos alguns tipos de candidatos de forma satírica; começando com o candidato “copa do mundo” em evidência, que só mostra a “cara de pau” de quatro em quatro anos, quando precisa novamente do voto do povo que tem a memória curta, tentando se reeleger, e que muitas vezes consegue; o candidato “papagaio de pirata”, que aparece nas fotos e cartazes empoleirados no ombro de um político maior e famoso para tirar proveito próprio, só que nesta eleição ninguém quer ficar no ombro dos políticos “fichas sujas”! Temos também o candidato “boiola”, que na época de eleição aceita passivamente que um político importante fique grudado na sua costa, fungando em seu cangote, pelo menos nos cartazes é o que denota; o candidato “bosta n’água” é aquele que em todas as eleições se candidata e fica só no “remanso” das campanhas e vai navegando para onde a onda o levar sabendo que não tem chance alguma, mas se aproveita da grana eleitoral que circula nessa época e do combustível que rola frouxo...

Temos também o candidato “pau seco”, que já está morto politicamente, sabe que é comida de cupim, mas seu prazer é cair, desde que vá derrubando os outros; temos o candidato “hiena”, que torce para que os candidatos mais fortes briguem e se devorem a dentadas para ir comendo as carniças atrás, beneficiando-se dessa briga; temos o candidato “náufrago”; aquele que, estando no desespero se agarra de qualquer maneira no pescoço de algum político influente que está “boiado” na grana e no prestígio, para dar aquele ”abraço de afogado”, mas todos se afastam dele, com medo de afundar com o “peso indesejável” e se afogar também. Nesta eleição temos uma figura nova: o “candidato camaleão” que muda de cor (aliança política), de acordo com as circunstâncias políticas e seus interesses pessoais. Pois em tempos idos, se acusavam uns aos outros de ladrões e corruptos, mas, agora mostrando falta de personalidade e caráter, e não querendo sair do poder, antigos inimigos se abraçam nos palanques, pedindo votos para seus “aliados fisiológicos” nas verdadeiras “surubas ideológicas” com as caras deslavadas de mercenários baratos, numa clara conivência promíscua!

Não se iludam com os “slogans” da próxima campanha, pois são só retóricas da boca para fora que visam outras intenções. Temos também o candidato “mão suja”, aquele que cruza com você e nunca lhe deu um “bom-dia”, mas agora querendo seu voto chega junto, te abraça e esfrega a ”mão suja” na sua costa. Com esse fato de limpar as mãos, lembrei-me de um caso ocorrido com um candidato da região, que no passado, após apertar as mãos dos eleitores humildes e pobres, entrava em seu carro para lavar e desinfetá-las com álcool, dizendo que os pobres poderiam lhe contaminar com suas sujeiras bacterianas! Como se não soubéssemos que a sujeira maior está exatamente na grande parte dos políticos. Isso é que é gostar do povão...

Ah! Ia esquecendo do candidato “mercador”, aquele que compra seu voto com dinheiro mesmo, e manda seu cabo eleitoral lhe propor essa safadeza! Mas não venda seu voto, se um político vier com uma proposta indecorosa lhe oferecendo dinheiro, aceite, mas não como a venda de seu voto, e não vote nele! E faça mais por um Brasil limpo, registre com seu celular as fotos e grave as conversas desses possíveis crimes eleitorais, para que depois você possa provar na justiça eleitoral essa prática imunda ainda do nosso sistema político.

Trato esse caso de forma satírica, porque muitos políticos eleitos brincam com nossas caras. Mas infelizmente não podemos viver sem a política, mesmo sem querer ser político, devemos identificar os políticos confiáveis para nos representar. Senão cairemos na vala comum da frase de Platão: “Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam”. E só por meio da boa política conseguiremos exercer a nossa cidadania na condição de povo civilizado e transformar o Brasil no “país do presente” e não na velha retórica batida de “país do futuro”. Vamos nesta eleição, começar a fazer a faxina de nossos candidatos, escolhendo os “menos piores”, já que não temos os “melhores”. Você já se perguntou se vale à pena reeleger alguém da atual bancada de políticos? Anotem seus nomes e tente lembrar de algo proveitoso que eles fizeram durante esses anos que “vegetaram” na Câmara Municipal de Santarém, que beneficiou realmente a população da cidade ou do município. 

“Uma sociedade só será democrática quando ninguém for tão rico que possa comprar alguém, e ninguém seja tão pobre que tenha de se vender a alguém”. (Jean Jacques Rousseau). 

*É Projetista e Gestor Ambiental.

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