Agentes de endemias iniciam levantamento do perfil da dengue em Santarém
O Lira é feito a cada dois meses e é considerado o melhor indicador sobre o perfil epidemiológico de cada bairro.
Agentes de endemias da Divisão de Vigilância em Saúde (Divisa), iniciaram nesta terça-feira (2) as atividades de 2018 fazendo o Levantamento de Infestação Rápida (Lira), que traça o perfil da dengue no município. O trabalho segue até a sexta-feira (5), com visita em imóveis, detectando focos do mosquito Aedes Aegypti, traçando o perfil epidemiológico da dengue na cidade.
Segundo informações da Divisa, para facilitar o levantamento desse perfil, Santarém foi dividida em 10 estrados epidemiológicos, cada um deles compreende de dois a sete bairros.
Feito a cada dois meses, o Lira é considerado o melhor indicador sobre o perfil epidemiológico de cada bairro, dividindo os estrados em baixo, médio e alto risco de infestação predial. Os últimos dados divulgados são referentes aos meses de setembro e outubro de 2017, sendo que o estrado que compreende os bairros de Cambuquira, Ipanema, São Francisco, Nova República e Matinha foi o único que apresentou índice de alto risco para a doença.
Os resultados das informações que estão sendo coletadas a partir de hoje serão referentes aos meses de novembro e dezembro, fechando o perfil epidemiológico da doença em 2017.
A meta é visitar cerca de 20 mil imóveis até o final de semana segundo o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) João Alberto Coelho, que também é responsável pela coleta dos dados da Divisa. "Todos os agentes de endemias estão a partir de hoje em campo para fazer esse levantamento. A metodologia, por se tratar de um trabalho de pesquisa estatística, é visitar 1 a cada 5 imóveis, para que esse perfil seja traçado", explicou.
Além da dengue, o mosquito Aedes Aegypti também é responsável pela transmissão de outras doenças graves como a zika e a chikungunya. Santarém não registrou nenhum caso de zika em 2017, mas foram registrados dois casos de dengue e 35 casos de chikungunya no ano passado.
"Estamos iniciando o período de chuvas, então é muito importante que as pessoas se conscientizem sobre os riscos dessas doenças e façam também a prevenção dentro de seus imóveis. Se cada um fizer a sua parte, teremos com certeza uma redução nos números de casos dessas doenças em Santarém", concluiu João Alberto Coelho.
Medidas de combate ao Aedes aegypti
Não deixar água parada em qualquer lugar que possa acumular água, inclusive casca de ovo, tampinha de garrafa, etc.
Caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas. O mesmo vale para poços ou qualquer outro tipo de reservatório de água.
Vasilhas que servem para animais (gatos, cachorros) beber água, não devem ficar mais do que um dia com a água sem trocar.
As piscinas devem ter tratamento de água com cloro. Piscinas não utilizadas devem ser desativadas (retirar toda água), mantendo-a sempre secas.
Garrafas ou outros recipientes semelhantes (latas, vasilhas, copos) devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo.
Não descartar lixo em terrenos baldios e manter a lata de lixo sempre bem fechada.
Sempre que observar alguma situação que você não possa resolver, avisar imediatamente um agente público de saúde para que uma medida eficaz seja tomada.
Fonte: Santarém
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