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Parlamentar chama atenção para o "Novembro Azul"

Nesta terça-feira (01/11), o deputado estadual Carlos Bordalo fez um pronunciamento na Tribuna da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), chamando atenção para a campanha mundial intitulada “Novembro Azul”, que tem o objetivo de conscientizar a sociedade, principalmente os homens, acerca de doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata.

O Novembro Azul surgiu na Austrália, em 2003, aproveitando as comemorações do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, celebrado no dia 17 de novembro. No Brasil, acampanha foi criada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, a fim de quebrar o preconceito masculino de ir ao urologista e, quando necessário, fazer o exame de toque. Esta campanha obteve ampla divulgação em todo o País.

A próstata é uma glândula que só o homem possui, localizada na parte baixa do abdômen. Situa-se logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. Ela produz cerca de 70% do sêmen e tem um papel fundamental na fertilidade masculina.

Pesquisas realizadas pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU-2015) apontaram que 51% dos homens nunca consultaram um urologista. Doença mais prevalente nos homens, o câncer de próstata tem estimativa de 69 mil novos casos ao ano, ou seja, 7,8 novos casos a cada hora. Diante desses números, não é de se assustar que o câncer de próstata está entre as doenças que mais acometem e matam homens no Brasil. Segundo a Coordenação Estadual de Oncologia do Pará, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais acomete homens no Pará, perdendo apenas para o de estômago.

O câncer de próstata é uma doença considerada “silenciosa”, pois não costuma apresentar sintomas. Daí a importância de manter os exames periódicos em dia. A detecção precoce pode aumentar em 90% as chances de cura. No entanto, 87% dos homens admitem que o preconceito atrapalha bastante a prevenção. Isso mostra que a informação e a conscientização são poderosas aliadas para que este quadro seja revertido.

Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) mostram o seguinte cenário: entre janeiro de 2014 e julho de 2015, ocorreram 915 internações por câncer de próstata no Pará. No mesmo período, destas internações, o número de mortes em decorrência desse tipo de câncer foi de 136. (Fonte: http://www.saude.pa.gov.br).



FATORES DE RISCO:

Idade (cerca de 62% dos casos são de homens a partir dos 65 anos)
Histórico familiar
Raça (maior incidência entre os negros)
Alimentação à base de gordura animal e deficiente em frutas, verduras, legumes e grãos
Sedentarismo
Obesidade


SINTOMAS (SÓ APARECEM NOS CASOS AVANÇADOS):

Vontade de urinar com urgência 
Dificuldade de urinar
Ida ao banheiro várias vezes à noite
Dor óssea
Queda do estado geral (problemas no funcionamento geral do organismo)
Insuficiência renal
Dores fortes no corpo


EXAMES:

Há dois testes iniciais que detectam a doença: o toque retal e o exame de sangue. Porém, o mais eficaz é fazer os dois, ou seja, o toque retal aliado ao exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico), que pode identificar o aumento de uma proteína produzida pela próstata, o que seria um indício da doença. Para um diagnóstico final, é necessário analisar parte do tecido da glândula, obtida pela biópsia da próstata.

Segundo especialistas, o toque retal é considerado indispensável e não pode ser substituído pelo exame de sangue nem por qualquer outro exame, como o ultrassom, por exemplo.

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todos os homens com 45 anos de idade ou mais façam um exame de próstata anualmente, o que compreende o toque retal feito e o PSA. Caso a pessoa já tenha tido câncer ou dependendo do histórico familiar, é recomendável fazer dois exames por ano.

Diante deste dados, não nos restam dúvidas quanto à necessidade desta campanha para conscientizar a população masculina quanto aos cuidados com a saúde, assim como a importância de deixar o preconceito de lado, para prevenir o câncer de próstata.


Fonte: Assembléia Legislativa

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