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Alepa e Novembro Azul alertam para o combate ao câncer de próstata

A partir de 1º de novembro, quem vier à Assembleia Legislativa do Pará vai lembrar da importância da prevenção ao câncer de próstata. Uma faixa destacando a campanha Novembro Azul vai ser colocada na entrada principal do Palácio Cabanagem, sede do Parlamento paraense, em Belém, em adesão ao movimento de conscientização. 

Outra iniciativa importante do Poder Legislativo foi a aprovação do Projeto de Lei de autoria do deputado Martinho Carmona que institui no Pará o “Novembro Azul” como mês dedicado às ações de saúde voltadas para a conscientização e prevenção ao câncer de próstata. “Nesse contexto, é bom que o estado do Pará possua um mecanismo legal que objetive promover ações voltadas à prevenção da saúde do homem, de forma que o mesmo possa usufruir de uma vida saudável e sem surpresas”, destacou o deputado Martinho Carmona na justificativa do projeto.

CONSCIENTIZAÇÃO - A falta de cuidado com a saúde é um agravante quando se fala em prevenção ao câncer de próstata. Uma pesquisa feita - em 2015 - pela Sociedade Brasileira de Urologia ouviu 3.500 homens, em sete cidades brasileiras, e constatou que o público masculino não vai ao médico com regularidade e desconhece informações importantes para viver e envelhecer de maneira saudável. Os homens, de modo geral, são negligentes com a própria saúde.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem, hoje, mais de 35 milhões de habitantes do sexo masculino com idade acima dos 40 anos, faixa etária em que os homens ficam mais suscetíveis a problemas de saúde como o câncer de próstata.

Os homens devem procurar o urologista a partir dos 50 anos, pois a realização de exames nessa faixa etária está relacionada à diminuição em cerca de 21% da mortalidade pela doença. No entanto, de acordo com pesquisa, mais da metade dos homens (51%) admite que nunca consultou um urologista. 13% procuraram o médico pela última vez há dois anos ou mais.

"Ainda hoje existe muito preconceito em relação à saúde masculina. A chave para o tratamento e cura de muitas doenças é a detecção precoce. Muitas vezes o machismo impede que o homem cuide da sua própria saúde. O homem precisa ter consciência de que exames como o de toque não vão fazer com que ele perca a virilidade”, avalia João Frederico, urologista do Centro de Tratamento Oncológico. O médico acrescenta que "algumas doenças, como o câncer de próstata, têm cura se descobertas com antecedência e outras podem ser evitadas com a ajuda do conhecimento, da desmistificação e engajamento destes homens em um estilo de vida mais saudável".

Entre os problemas de saúde que podem afetar os homens, o câncer é o que mais preocupa, com 20%; sendo que 10% destacam especificamente o câncer de próstata e 16% tem receio da disfunção erétil.

MAL SILENCIOSO - A falta de cuidado com a saúde implica em sérios riscos ao homem. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar da Silva (INCA) estima que 69 mil novos casos de câncer de próstata serão registrados no Brasil em 2015, ou seja, serão 7,8 novos casos a cada hora.  12 mil homens vão morrer em decorrência da doença. 

PARÁ - Segundo a Coordenação Estadual de Oncologia, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais acomete homens no Pará, perdendo apenas para o câncer de estômago. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) apontaram o seguinte cenário: entre janeiro de 2014 e julho deste ano, ocorreram 915 internações por câncer de próstata no Pará. No mesmo período, o número de mortes em decorrência desse tipo de câncer foi de 136.

Os números assustam mas, ao mesmo tempo, revelam que o homem precisa se cuidar mais. Segundo a oncologista clínica Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico, "a detecção precoce do câncer de próstata, que só acontece com as visitas regulares ao médico, pode dar ao paciente mais de 90% de chances de cura".

O câncer de próstata não tem prevenção, no entanto, seu diagnóstico precoce é essencial para o tratamento curativo. Na maioria dos casos iniciais, o paciente não tem sintomas e só a avaliação rotineira com o exame de PSA e o toque retal permitem estabelecer a suspeita e prosseguir na investigação. Hoje em dia, é possível até mesmo não retirar o tumor, quando ele é classificado de baixo risco, apenas acompanhar sua evolução, o que é chamado de vigilância ativa.

Homens a partir dos 50 anos de idade (ou 45, se houver casos de câncer de próstata na família ou for da raça negra), devem procurar um urologista anualmente para realizar os exames preventivos. "Mas isso ainda é um tabu entre a maioria dos homens, que acham que o procedimento vai doer ou pôr em dúvida a masculinidade", admite João Frederico. "Precisamos convencer o paciente a fazer o exame de toque retal. Após o exame, eles mesmos admitem que não é o que imaginavam", afirma o urologista.

EXAME - O toque retal, que é rápido e indolor, mostra se a próstata apresenta algum tipo de alteração. Caso seja detectada, o médico pode solicitar outros exames para confirmar o diagnóstico, como a dosagem de PSA (antígeno prostático) no sangue e a biópsia, que é a retirada de fragmentos da glândula para análise. A partir dos resultados, o urologista poderá dar o diagnóstico correto.

Fatores de risco:

- Idade

- Histórico familiar

- Raça (maior incidência entre os negros)

- Alimentação inadequada, à base de gordura animal e deficiente em frutas, verduras, legumes e grãos

- Sedentarismo

- Obesidade



 Sintomas (só aparecem nos casos avançados):

- Vontade de urinar com urgência

- Dificuldade para urinar

- Levantar-se várias vezes à noite para ir ao banheiro

- Dor óssea

- Insuficiência renal

- Dores fortes no corpo

Fonte: Assembléia Legislativa

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