Arquiteta orienta sobre o décor dos dormitório infantis

Neste dormitório que contou com uma reforma completa, a arquiteta Aiê Tombolato 

investiu na vivacidade do laranja e do azul para acrescentar alegria e vitalidade 

para o pequeno morador. Esses pontos são valiosos para o estímulo da criatividade

Foto: Rafael Renzo

Na montagem do ‘pequeno universo’, desde os primeiros anos até a adolescência, layout e planejamento devem oferecer aquilo que é importante para as crianças. Na decoração de quartos infantis, o caminho não é apenas conceber um ambiente interessante e inspirado nas referências dos responsáveis. 

Com o crescimento das crianças, é importante acompanhar suas predileções e características para a realização do projeto de arquitetura de interiores, pois o espaço vai muito além do descansar: é justamente lá que elas podem estimular a criatividade, brincar e estudar. “Gosto sempre de ressaltar para meus clientes que a definição de um dormitório vai muito além da estética. 

Precisa ser versátil, contar a história da família e da criança que ali se descobre. Além disso, é imprescindível que a formatação do ambiente estimule a liberdade, a expressão e a personalidade dos nossos filhos”, explica arquiteta Aiê Tombolato, que também é mãe do Antônio.  

Com sua experiência, ela compartilha dicas que direcionam a realização desses dormitórios. Acompanhe:

Como a decoração do quarto infantil influencia no dia a dia?

Ainda que manter os brinquedos e objetos decorativos nos seus devidos lugares possa soar como um desafio, esse é um cuidado que influencia diretamente no cotidiano e no desenvolvimento de uma criança. Para a arquiteta, o planejamento do dormitório deve contemplar a rotina dos moradores mirins como um todo. “Sempre considero que o dormitório é o ambiente onde nossos filhos estão em grande parte do tempo. Por isso, sua estrutura deve ser atrativa e interessante e a personalização adequada contribui para o desenvolvimento da identidade, autonomia e no avanço das habilidades motoras e cognitivas”, ressalta. 

Na busca constante por soluções inovadoras, Aiê se recorda de um projeto que realizou para dois irmãos cariocas que se mudaram para São Paulo e que desejavam ambientes divertidos para combinar com suas personalidades e a paixão pela praia. Pautada por essa inspiração, o projeto para cada um contemplou móveis funcionais e um décor afetivo que resgata as lembranças do dias ensolarados em Copacabana.

Com estilo pop, cada irmão recebeu o toque divertido das estampas dos papéis 

de parede. Ambos os modelos escolhidos pela arquiteta Aiê Tombolato 

foram assertivos no intuito de conquistar uma atmosfera descolada 

e de alto astral | Foto: Julia Ribeiro 

Organização dos Brinquedos

Quem tem crianças em casa sala: a saga dos brinquedos espalhados pelo chão do quarto – e também da casa –, acontece em todas as famílias. Para despertar o sentido da arrumação e evitar o risco de acidentes antes ou depois das brincadeiras, a profissional indica a disposição de prateleiras, nichos e caixas organizadoras. “E é claro, tudo sempre alinhado com a altura delas para incentivar a autonomia e o senso de sempre ter tudo nos seus devidos lugares”, completa Aiê.

Locais para aprendizado e diversão

Na rotina das crianças, o espaços de aprendizagem e diversão seguem alinhados com as questões de ergonomia. Móveis infantis como mesa, cadeira e o jogo de iluminação são atributos a serem considerados, pois dessa maneira elas entendem que o espaço é dedicado para elas e sentem-se encorajados para realizar suas tarefas escolares.

Em ambientes juvenis, é importante que a área de estudo faça referência à personalidade do jovem morador com a utilização de itens de seus interesses. “O conforto e uma estrutura tecnológica também são requisitos que eles não abrem não”, enfatiza a arquiteta. Ela reforça que, por mais simples que seja a distribuição do quarto, essa categorização favorece o senso de arrumação, concentração e capacidade de reflexão, seja na primeira ou na segunda infância. 

No dormitório teen, a arquiteta Aiê Tombolato 

considerou uma marcenaria com prateleiras e 

nichos que recebem os brinquedos e caixas organizadoras. 

O resultado é um espaço sempre arrumado e uma

 estética harmônica | Rafael Renzo

Cores Alegres

Na paleta de cores, tons alegres ditam a personalidade desse público. De acordo com a arquiteta, essa definição agrega um clima lúdico e descontraído. “Um dica é mesclar variações do mesmo tom ou trabalhar com a combinação entre nuances claros e escuros”, finaliza Aiê. 

Neste quarto projetado, a o estilo arrojado da pintura com 

cores que provam um belo contraste | Foto: Rafael Renzo

Sobre Aiê Tombolato  

Tudo começa com um porquê, uma razão de ser. Para Aiê Tombolato, a arquitetura é a chance de proporcionar às pessoas bem-estar e acolhimento através de uma solução cuidadosa do espaço e empática em relação ao cliente. Enxerga a arquitetura como uma atividade humanizada. Ao lado de métricas, geometrias e plantas, os projetos precisam estar a serviço das pessoas e não as pessoas reféns de projetos que pouco espelham seus desejos.  

Fonte: Aiê Tombolato