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Mercado SAP em um mundo pós-pandêmico

 


Por: Frank Dorr, Co-CEO da msg global solutions no Brasil

Não há setor da economia planetária que não tenha sido impactado pela pandemia de Covid-19. Todos fomos, em maior ou menor grau, atingidos por essa calamidade. E não me refiro apenas à saúde de nossos amigos e familiares, mas também ao setor corporativo. O mundo saiu de um 2019 com crescimento econômico médio de 2,5% para uma recessão média superior a 3,5%. Nos países desenvolvidos esse declínio passou dos 7%.

O setor de tecnologia não passou em branco. Também fomos duramente castigados, não apenas pela diminuição do ritmo dos contratos, mas também pela mudança no perfil de nossa mão de obra. O trabalho remoto, que antes era uma possibilidade, hoje é quase uma exigência.

Mas longe de isso ter sido em algum momento um problema. É importante ressaltar que essa mudança, abrupta, do presencial para o home office, se mostrou muito importante para não interrompermos totalmente nossos atendimentos. Os profissionais SAP foram dos primeiros a migrar para o teletrabalho, assim como foram dos primeiros a mostrar total adaptação a essa realidade. Isso é comprovado por uma pesquisa da Information Services Group (ISG).

Segundo o levantamento, entre março e junho de 2020 (auge da pandemia), os fornecedores registraram uma diminuição acentuada nos negócios. Tal cenário se reverteu a partir da segunda metade do ano, após o início do maior controle dos casos de Covid-19 no País à medida que o processo de vacinação em massa ganhava corpo.

E, quando da segunda onda (janeiro deste ano), a maioria dos escritórios já estava totalmente adaptada. Assim, puderam assinar contratos e ter seus projetos sendo conduzidos virtualmente por consultores trabalhando de casa.

Outra vantagem competitiva que a pandemia trouxe aos escritórios SAP foi maior acesso aos talentos. Uma empresa com sede em São Paulo não mais precisa convencer um talento que more, por exemplo, no Recife, a migrar para a capital paulista. Ele pode ser contratado e seguir desenvolvendo seu trabalho no conforto de casa. Esse cenário também foi confirmado pela pesquisa da ISG.

Outra realidade confirmada pelo estudo é que o mercado para os consultores independentes está extremamente aquecido. Eles podem trabalhar remotamente para mais de uma empresa, dividindo os dias em turnos, conforme sua realidade.

Isso só foi possível porque as companhias agora possuem recursos para contratar esses profissionais, antes muito caros para a realidade da maioria das agências. Para isso, basta acertar contratos por entregas e não mais por horas trabalhadas, como era a prática do mercado no mundo pré-pandemia.

Os desafios são vários. Para todos nós. Mas, como sempre, as oportunidades também se apresentam como nunca antes no mercado. Basta que saibamos enxergar.

Fonte: Jaqueline Nunes - RPMA

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