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Reformas residenciais aumentam em quase 60% durante a pandemia

A‌ ‌determinação‌ ‌do‌ ‌isolamento‌ ‌social‌ ‌como‌ ‌principal‌ ‌medida‌ ‌de‌ ‌proteção‌ ‌contra‌ ‌o‌ ‌avanço‌ ‌do‌ ‌novo‌ ‌coronavírus‌ transformou a rotina da sociedade, ao aumentar consideravelmente o tempo médio que o brasileiro fica em casa. A adoção do home office por diversas empresas brasileiras e o fechamento do comércio não essencial foram algumas das medidas que fizeram do lar o local em que as pessoas passaram a maior parte de 2020.

"Com a elevação da permanência das pessoas em suas casas, subiu também a procura por reformas residenciais. Esse comportamento fica ainda mais evidente quando observamos os últimos dados de um levantamento elaborado pelo aplicativo GetNinjas. Eles revelam que entre abril e novembro do ano passado, foram realizadas 2,8 milhões solicitações de serviços, o que corresponde a uma alta de 75% em relação ao mesmo período de 2019. Dentre os profissionais mais demandados pelo público do app estão os pedreiros e eletricistas. Pesquisas recentes também apontam que o número de pedidos para reformas e reparos aumentou em 57% entre maio e dezembro do ano passado", explica Renato Las Casas, diretor comercial da empresa de revestimentos sustentáveis Ecogranito.

Outro fator que pode demonstrar o atual crescimento das reformas é o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). "Esse índice mensura a performance e a atividade econômica do varejo nacional. Por meio dele é possível descobrir se as vendas de varejo de algum produto ou serviço estão aumentando ou diminuindo no mercado interno. Conforme o levantamento mais recente, entre março e outubro de 2020, o ICVA de materiais de construção expôs um avanço de 37,5%, tendo por comparação os dias equivalentes de fevereiro do ano passado, quando a crise provocada pelo novo coronavírus chegou ao Brasil", destaca.

A escalada exponencial das reformas de imóveis na pandemia contribuiu, inclusive, para a inflação registrada no setor de materiais de construção – de janeiro a novembro do ano passado, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) apresentou uma alta de 8,06%.

De acordo com o empresário, nesse‌ ‌novo‌ ‌cenário, ‌ ‌a‌ ‌busca‌ ‌pelo‌ ‌conforto‌ ‌e‌ ‌comodidade‌ ‌ganhou‌ ‌destaque. ‌ "A grande procura é por reformas que já estavam previstas, mas as pessoas não tinham tempo ou disposição para dar o primeiro passo. Há ainda aqueles que precisaram adequar o ambiente familiar para o corporativo, por meio da construção de escritórios, por exemplo. No entanto, é preciso ressaltar que a maioria das reformas foram realizadas por famílias da classe média e alta. Nestes tempos de pandemia, todo o dinheiro que seria gasto em passeios, viagens e restaurantes, foi investido nos reparos da casa", conclui.


Fonte: Luana Moreira

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