Crianças de 3 a 10 anos são a maioria em tratamento oncológico infantil no Hospital Regional do Baixo Amazonas
A próxima segunda-feira, 15/2, é marcada pelo Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil. Especialista da unidade alerta os pais para os sinais da doença em jovens.
Referência no Norte do país para o tratamento de pessoas com câncer, o Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém, realizou tratamento oncológico em 28 crianças e adolescentes no ano de 2020. Crianças de 3 a 10 anos são a maioria em tratamento oncológico no hospital.
A unidade do Governo do Pará, e gerenciada pela Pró-Saúde, lembra o Dia Internacional do Combate ao Câncer Infantil, comemorado nesta segunda-feira (15).
A data serve para chamar a atenção da sociedade sobre a doença que, a cada ano, atinge mais de 12 mil crianças e adolescentes, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
O oncologista pediátrico da Pró-Saúde, Fábio De Simone Piccoli, com atuação no Regional do Baixo Amazonas, explica a diferença do câncer infantil para o adulto.
“De modo geral, o câncer são células que se multiplicam de maneira descontrolada e anormal. No adulto, o organismo já passou pelo processo de formação e exerce suas funções normalmente, mas por algum motivo acaba sofrendo alteração”, explica.
Já nas crianças, continua o especialista, o organismo está em desenvolvimento. “As células que sofrem a mutação no material genético não conseguem amadurecer como deveriam e permanecem com as características semelhantes da célula embrionária, multiplicando-se de forma rápida e desordenada”, afirma Piccoli.
Em 2020, foram realizadas 612 consultas e 34 cirurgias em oncologia pediátrica, além de 2.836 sessões de quimioterapia em crianças e adolescentes no Hospital Regional do Baixo Amazonas. O tipo de câncer mais comum na faixa etária infantojuvenil na unidade são as leucemias.
William de Oliveira, de 10 anos, é um desses pacientes. Em tratamento na unidade desde 2016, a mãe Najla de Oliveira conta como descobriu a doença. “Ele sentia muitas dores nas pernas, febre, estava ficando pálido, então buscamos atendimento médico e descobrimos a leucemia. Vamos vencer essa doença, mas alerto aos pais a fazerem exames de rotina, fiquem atentos aos sinais com seus filhos”, comenta a mãe de William.
O oncologista pediátrico explica que se por um lado o câncer em adultos tem como fatores de risco o envelhecimento, tabagismo, álcool, entre outras origens, o câncer infantil pode ter relação com alimentação inadequada.
“Os alimentos industrializados, com muitos corantes e conservantes, estão entre os principais vilões. Mas existem diferentes fatores, como o ambiente familiar estressante”, explica.
O especialista destaca a importância do diagnóstico precoce para o sucesso do tratamento e indica alguns sinais que os pais devem ficar atentos:
- Dores de cabeça recorrentes acompanhadas com vômito e náuseas;
- Aumento ou inchaço no abdômen;
- Protuberância ou massa em qualquer local do corpo;
- Hematomas ou sangramentos não relacionados com traumas;
- Palidez, cansaço, fraqueza ou sonolência;
- Perda de peso contínua.
Fonte: Anna Karla Lima - Pró-Saúde
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